Não usar a tecnologia como recompensa, um sono de 8 horas sem a presença de tecnologia no quarto e o equilíbrio entre as atividades online e offline são algumas das recomendações que fazem parte da campanha, desenvolvida pelo professor Daniel Sampaio, a professora Ivone Patrão e a Direção-Geral da Educação, no âmbito do Centro de Sensibilização SeguraNet.

A ideia é que o período de férias escolares que se avizinha, e que já começou para muitos alunos, seja desfrutada em segurança, com bem estar físico e mental, mas também com equilíbrio na utilização dos equipamentos tecnológicos, sejam computadores, smartphones, tablets ou consolas de jogos.

Clique nas imagens para ver algumas das recomendações

A sensibilização é dirigida aos alunos mas também aos pais, encarregados de educação e agentes educativos.

A campanha inclui uma brochura com recomendações que pode ser consultada online.

Crianças e jovens passam 7 horas por dia online durante a pandemia

Esta é a média apurada por um estudo coordenado pelo Centro de Investigação Comum da Comissão Europeia mas que tem resultados para Portugal.

Com base em inquéritos realizados a 504 famílias portuguesas com crianças e adolescentes entre os 10 e os 18 anos e entrevistas a 10 famílias com crianças entre os seis e os 12 anos de idade, as investigadoras Patrícia Dias e Rita Brito concluíram que 57,3% dos inquiridos passaram a usar com mais frequência o computador e 67,4% desenvolveram mais competências.

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Mais de metade reportou sinais de utilização excessiva das tecnologias digitais, com uma utilização média diária de sete horas, das quais cinco eram dedicadas às atividades escolares.

Segundo as investigadoras, os resultados apontam para um maior vício pelo computador, que os pais terão de controlar no período pós-confinamento, e maior exposição aos riscos característicos da Internet.

Metade das crianças e adolescentes inquiridos sentiu-se também mais sobrecarregada com o ensino à distância do que no regime presencial, revelando cansaço das tecnologias digitais.

Segundo o estudo, são os mais velhos que revelam mais cansaço e que preferem o ensino presencial.

Apesar de revelarem bons índices de bem-estar e apreciarem poder dormir mais e melhor, as crianças e adolescentes inquiridos apontaram um maior nervosismo e ansiedade, associados ao visionamento de notícias relacionadas com a pandemia, cansaço com o ensino online, e as saudades da família e amigos como principais dificuldades.

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