
A distribuição de conteúdos online está a atingir um estado de massificação. Depois da desconfiança inicial por parte das produtoras e artistas, e depois da fase de desconfiança dos consumidores, as duas partes parecem ter largado os mitos e estão a aproveitar as vantagens efetivas que a Internet pode dar na comercialização de conteúdos digitais.
Ainda que a indústria do cinema e da produção televisiva esteja só agora a entrar no caminho, com serviços limitados geograficamente como o Hulu e Netflix, a indústria da música há muito que deu o salto.
E se no início do milénio o Napster recebeu reprovação das grandes editoras e produtoras, o conceito está agora a ser replicado por vários serviços e empresas que distribuem milhões de músicas e milhares de artistas um pouco por todo o mundo, desde que haja ligação à Internet. A música está mais móvel, mais portátil.
A distribuição física e mesmo os downloads estão a dar lugar ao acesso ilimitado e instantâneo de qualquer "som", dos mais variados estilos musicais. O streaming veio para ficar e em Portugal os consumidores nacionais já têm muito por onde escolher.
O TeK selecionou hoje alguns serviços de streaming, limitados, ilimitados, gratuitos, pagos, por estado de espírito e com cariz mais ou menos social, que todos os portugueses podem disfrutar.
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Começando pelo mais badalado e pelo mais recente em Portugal, o Spotify. Chegou ao mercado nacional em meados de fevereiro e traz consigo uma oferta de 20 milhões de músicas que podem ser acedidas através do computador, smartphone, tablet ou leitor multimédia.
Além das músicas a la carte, existe a possibilidade de construir uma playlist ou importar um conjunto musical pré-definido por outros utilizadores que tenham gostos semelhantes.
O registo pode ser gratuito e permite o acesso limitado às músicas. A assinatura mensal de 3,49 euros garante música ilimitada e não traz publicidade, enquanto a versão Premium possibilita ainda o download das músicas com um acréscimo no preço para os 6,99 euros.
O Spotify promete que dentro de pouco tempo os utilizadores do serviço vão poder aceder a músicas que estão organizadas consoante os estados de espírito e de tempo. Uma oferta que já é disponibilizada por outra plataforma..
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… o Stereomood. Este serviço está longe de garantir a oferta musical que outras plataformas têm disponíveis, apostando mais em grupos e canções desconhecidas e muitas vezes estilo underground.
A oferta é justificada pelo facto de o Stereomood funcionar como uma banda sonora instantânea e sempre à mão. Quer o utilizador esteja deprimido ou no maior estado eufórico, consegue encontrar um conjunto de canções que ajudam a materializar o momento.
Em épocas especiais, como o Halloween e o Natal, o serviço streaming oferece ainda playlists dedicadas, pelo que se estiver sem imaginação musical em dias de festa, tente esta oferta que é gratuita.
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O catálogo de músicas do Rdio é mais virado para os sucessos internacionais e para os hits que rodam nas rádios tradicionais. Com uma oferta de 18 milhões de canções, além dos conteúdos mais recentes é possível ouvir temas que marcaram as últimas décadas.
Construção de playslists pessoais ou colaborativas, sincronização entre os vários dispositivos para ouvir música em modo offline, e integração social com plataformas como o Twitter, são algumas das características e funcionalidades que os utilizadores podem encontrar no Rdio.
O Rdio está disponível em versão Web e em versão para dispositivos móveis. Os utilizadores podem experimentar o serviço de forma gratuita durante alguns dias, mas depois apenas podem aceder ao catálogo musical mediante o pagamento de uma mensalidade de 4,99 euros - na versão exclusiva Web - e de 9,99 euros para a versão que é multiplataforma. Nos dois formatos existe acesso ilimitado às músicas.
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Um motor de pesquisa de músicas que não precisa de pagamentos e nem sequer de um registo no site. Basta procurar qual o artista e a canção que apetece ouvir e ouvi-la. Tão simples quanto isto. No Grooveshark as músicas são carregadas pelos utilizadores pelo que um dos problemas da plataforma é a duplicação de resultados que existe.
A solução tem ainda uma forte componente de recomendações que é feita com base nas escolhas e nas listas de músicas que os internautas vão definindo.
Existe uma versão mobile do Grooveshark para várias sistemas operativos, mas apenas mediante o pagamento de uma quantia - 9,99 euros - é que o streaming fica disponível em todos os dispositivos. Existem ainda várias aplicações que permitem utilizar os smartphones e tablets como um controlo remoto da aparelhagem que é o computador.
MusicBox e MyWay: o streaming made in Portugal
Além dos vários serviços e aplicações internacionais que permitem que os portugueses acedam a música através da Internet, existem ofertas que são asseguradas por projetos nacionais.
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O MusicBox da PT é uma oferta gratuita para alguns pacotes de serviços que a tecnológica nacional disponibiliza - como o M4O -, é mais barato para os clientes de serviços Portugal Telecom - 4,99 euros - mas está disponível para todos os portugueses através de uma subscrição mensal de 6,99 euros.
Modo offline, playlists colaborativas e download de dez músicas por mês são algumas das características do MusicBox.
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O MyWay é semelhante ao Grooveshark, funcionando como um diretório de músicas online que estão acessíveis de forma gratuita e sem registo obrigatório. A componente sugestiva no MyWay também tem uma presença forte, sobretudo através das playlist e das rádios que são feitas por utilizadores comuns.
Os modelos pagos também existem, 2,99 euros por mês no pacote Light e 9,99 euros por mês no pacote Premium que permite o download de duas mil músicas por mês. A inexistência de publicidade é uma das "ofertas" dos modelos de subscrição enquanto apenas a versão Premium permite acesso ao MyWay através de dispositivos móveis.
Os limites físicos da música na Internet
Existe ainda todo um outro conjunto de serviços de música por streaming e que apenas estão disponíveis através da alteração de proxys que permitem enganar os sistemas de limitação de país. Pandora e Rhapsody são algumas destas alternativas.
Quem preferir um ambiente mais social pode ainda tentar o renovado MySpace. Slacker, Deezer e Shoutcast são outras alternativas.
As principais empresas do setor móvel, como a Google, a Nokia e até a BlackBerry, também têm serviços próprios de música por streaming mas que implicam sempre o pagamento e neste momento alguns ainda não estão disponíveis em Portugal como o Google Play Music.
Os leitores ficam convidados a partilharem opiniões sobre os serviços apresentados ou deixarem a sugestão de outros que conheçam e não tenham sido mencionados.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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