O telemóvel já pode substituir um bilhete de avião tradicional ou bilhetes para um qualquer espetáculo. Em breve pode fazer o mesmo em relação às cartas de condução. Estados como Delaware, Iowa ou Califórnia estão a olhar para a possibilidade de forma atenta e preparam-se para desenvolver protótipos que permitam experimentar o conceito. Alguns destes Estados têm mesmo planos para avançar com projetos-piloto já este ano, o que poderá conduzir a um produto comercial já em 2016, adianta a Cnet.




No caso de Delaware foi já aprovada uma resolução para solicitar ao Departamento de Veículos Motorizados que estude a possibilidade de criar uma carta de condução digital, que coexistiria com o documento atual dando aos condutores a hipótese de escolher entre um e outro.

No mesmo Estado um programa piloto, previsto já para este ano, prevê que os próprios funcionários daquele organismo experimentem a aplicação para telemóvel da carta de condução. No Iwoa está prevista uma experiência idêntica e na Califórnia está em aprovação a legislação que autoriza a criação de uma app para a carta de condução.

A versão digital de uma carta de condução terá a mesma informação que o documento físico, o que inclui dados pessoais e o código de barras que permite às autoridades acederem à informação associada a cada condutor. Na versão digital é aliás de esperar que a informação disponível sobre cada condutor seja mais e esteja mais atualizada, uma vez que há a possibilidade de sincronizar dados em tempo real.


Vários especialistas antecipam, no entanto, que a transição para um modelo deste tipo poderá não ser assim tão simples, tendo em conta que vão surgir questões de compatibilidade entre o modelo digital das cartas e o sistema de leitura instalado nos veículos policiais. Também se antecipa alguma resistência à mudança para um sistema deste tipo, sobretudo da parte dos defensores mais acérrimos dos direitos de privacidade.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico