Pokémon Go começou a chegar às lojas em junho do ano passado, mas, na China, mesmo sete meses depois do lançamento, a Niantic ainda não conseguiu obter uma licença para disponibilizar a app aos utilizadores locais. De acordo com as últimas declarações do censor do Estado chinês, tal também não estará para acontecer em breve, uma vez que os riscos de segurança inerentes à sua utilização ainda não foram adequadamente avaliados.

As preocupações do governo surgem no seguimento de uma série de incidentes (acidentes de viação, atropelamentos, quedas) em que a aplicação foi responsabilizada pelo facto dos envolvidos estarem distraídos com o jogo que obriga os utilizadores a caminharem pelas redondezas em busca de pokémons.

Dado o "alto nível de responsabilidade para com a segurança nacional, a vida dos cidadãos e a sua propriedade", o Ministério da Imprensa, Publicações, Rádio, Filmes e Televisão está a coordenar uma avaliação conjunta com outros departamentos do Estado para aferir os riscos envolvidos na utilização do jogo.

Para além dos perigos quotidianos, a utilização do Google Maps como GPS da própria app também está a ser equacionada uma vez que o serviço está bloqueado em território chinês.

Esta terça-feira a Reuters escreve que já existem vários estúdios chineses a desenvolver jogos semelhantes, com base em realidade aumentada, que deverão submeter as suas propostas a um conselho de licenciamento antes de avançar com um produto final para evitar possíveis impasses.