Embora a pandemia de COVID-19 não dê tréguas, o mercado chinês de smartphones começa a dar sinais de que está a recuperar. Em abril, o número de remessas de equipamentos enviadas a nível internacional atingiu os 40,8 milhões.

De acordo com os mais recentes dados do China Academy of Information and Communications Technology (CAICT), o valor representa um aumento de 17,2% em comparação com o mesmo período no ano passado, altura em que foram enviados 34,8 milhões de smartphones.

Ao longo dos últimos quatro meses, foram colocados 88,5 milhões de smartphones no mercado a nível internacional, representando uma descida na ordem dos 17,9% em relação ao período homólogo.

No que toca ao mercado doméstico, o CAICT revela que em abril houve uma subida de 14,2% em relação a 2019. Ao todo, foram colocados 41,7 milhões de smartphones nas lojas chinesas, incluindo 48 novos modelos. Nos últimos quatro meses, o número situou-se nos 90,7 milhões, significando uma descida de 20,1%.

Evolução do número de smartphones colocados à venda no mercado chinês
Evolução do número de smartphones colocados à venda no mercado chinês créditos: CAICT
Mercado dos smartphones regista a queda mais acentuada de sempre devido à COVID-19
Mercado dos smartphones regista a queda mais acentuada de sempre devido à COVID-19
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Ainda no início de maio, um relatório da IDC revelou que, no total, foram distribuídos 275,8 milhões de smartphones nos primeiros três meses de ano. Foi na China, onde inúmeras fábricas foram encerradas ao longo do primeiro trimestre de 2020, que o declínio foi mais acentuado: 20,3% em relação ao ano passado. "Uma vez que a China constitui quase um quarto das remessas mundiais, teve um enorme impacto no mercado em geral", explica a consultora.

Numa altura em que a China se encontra agora numa posição mais favorável face à pandemia da COVID-19, a IDC indicou que a procura no país superou as expectativas no final de março, período em que os novos casos de doença com o novo coronavírus começaram a diminuir. Apesar das boas notícias, a consultora prevê apenas um crescimento em relação ao período homólogo no quarto trimestre de 2020.