Mesmo sem Mobile World Congress devido à pandemia de COVID-19, a Huawei manteve-se fiel ao seu calendário tecnológico e revelou em março o Mate Xs, o segundo smartphone dobrável da marca. Mas como se compara o sucessor do Mate X com as propostas da Samsung ou da Motorola no que toca a reparabilidade? Os especialistas da iFixit decidiram pôr mãos à obra e descobriram que, embora seja mais resistente do que os seus "rivais", o Mate Xs é uma "dor de cabeça" para reparar.
Como já é costume, a iFixit pediu ajuda à Creative Electron uma empresa especialista em raio-X, para poder olhar para o interior do Mate Xs Pro. Ainda antes de o abrir, os técnicos depararam-se com uma construção interior complexa, em especial nas novas dobradiças com Falcon Wing Design.
Embora não tivessem de “atacar” logo o ecrã para poder chegar aos componentes internos, os especialistas revelaram que o adesivo usado para colar os painéis traseiros é muito mais forte do que aquele utilizado, por exemplo, nos dobráveis da Samsung. A típica aplicação de calor poderá até deixar os painéis mais maleáveis, algo que poderá implicar uma possível substituição.
Depois de removerem algumas ligações, os especialistas notaram que as baterias se encontram em posições diferentes, estando uma delas ao contrário da outra. Para conseguir desligar a vasta maioria dos cabos e chegar à motherboard, os técnicos precisaram de remover primeiro a secção onde se encontram as câmaras. Pelo caminho, deparam-se com ainda mais adesivo e também com grandes quantidades de pasta térmica.
À semelhança dos Galaxy dobráveis da Samsung, a cola que mantém as baterias do Mate Xs no lugar torna o processo de reparação complicado. No caso do smartphone da Huawei, o adesivo utilizado parece ser dos mais resistentes, levando os especialistas da iFixit a ter de aplicar alguma força para poder retirá-las. Como se o panorama já não fosse mau o suficiente, a segunda bateria acabou for ficar danificada ao tentar remover a primeira.
O processo de desmontagem do ecrã também se revelou difícil, pois para poder retirá-lo, a iFixit precisou de desmontar as dobradiças. Até mesmo depois de muita força e de terem conseguido retirar as “asas de falcão” do Mate Xs e um “escudo” que afinal fazia parte do display, os especialistas chegaram finalmente ao destino pretendido.
Em suma, a iFixtit indica que a sólida construção do Mate Xs o torna mais resistente do que os smartphones dobráveis anteriormente analisados pela empresa. No entanto, no que toca a reparabilidade, o equipamento da Huawei recebe uma pontuação de 2 em 10, devido à sua construção semi-modular, às grandes quantidades de cola e à dificuldade em conseguir aceder e retirar componentes essenciais como a bateria ou até mesmo o ecrã.
O SAPO TEK já teve oportunidade de "meter as mãos" no Mate XS da Huawei logo aquando do lançamento do smartphone dobrável.
Com um preço de 2.499 euros, o novo smartphone dobrável herda alguns dos conceitos do Mate X e chega com a promessa de um design mais resistente e uma melhor performance. O chipset foi atualizado para o Kirin 990 5G, prometendo mais 23% de performance que a versão anterior, assim como mais poupança de energia. Em destaque estão também os seus 8 GB de memória RAM e os seus 512 GB de armazenamento e oito bandas de conectividade 5G, ou seja, o dobro do modelo anterior. A bateria também promete mais 21% de autonomia, conseguindo carregar 85% em 30 minutos.
O smartphone conta com um novo design no que toca às suas dobradiças: o Falcon Wing Design. O Mate Xs apresenta 8 polegadas quando aberto, a traseira com 6,38 polegadas e a frente com 6,6 polegadas. O chassi foi construído com um metal baseado em zircónio, e promete ser 30% mais forte que a liga de titânio.
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