Esta semana o Facebook lançou os Ray-Ban Stories, os seus novos óculos inteligentes nascidos de uma parceria com a Essilor Luxottica. O conceito não é totalmente novo: dos Spectacles da Snapchat aos Lenovo ThinkReality, passando pelos TCL NXTWEAR G, sem esquecer os Google Glass, que acabaram por ganhar uma nova vida no mundo empresarial, são várias as tecnológicas que estão a desenvolver equipamentos semelhantes.

As dúvidas acerca da privacidade dos utilizadores e de quem os rodeia também não são totalmente novas, e voltam a surgir após o lançamento dos óculos inteligentes, levando muitos a questionar-se como é que o Facebook tenciona lidar com a situação e com a possibilidade de existirem utilizadores a quebrarem as regras.

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O equipamento dispõe de uma luz LED que se acende para avisar as pessoas à volta de que estão a ser tiradas fotos ou vídeos. Porém, o que acontece quando alguém decide tapar a luz indicadora e começa a filmar, sem consentimento, quem está ao seu redor?

Em declarações ao website Buzzfeed News, Alex Himel, vice-presidente do departamento de realidade aumentada do Facebook Reality Labs, explicou que a prática se afirma como uma violação dos termos de serviço do próprio equipamento, que proíbem a sua adulteração.

Ray-Ban Stories: Facebook revela ao mundo os seus novos óculos inteligentes
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O responsável dá também a conhecer que a luz LED indicadora só foi adicionada depois da empresa ter consultado vários grupos de defesa da privacidade. A sugestão foi deixada por Jeremy Greenberg, conselheiro legal do Future of Privacy Forum, um grupo parcialmente financiado pelo Facebook, que terá também sugerido a introdução de uma segunda forma de alertar quem está em redor do utilizador, uma vez que a primeira pode ser facilmente contornada.

Já ao website Business Insider, fonte-oficial do Facebook clarifica que a empresa está ciente da possibilidade de certas pessoas usarem os óculos para fins para os quais não foram concebidos.

Para tentar mitigar o problema, a empresa liderada por Mark Zuckerberg indica que publicou um conjunto de recomendações acerca do uso responsável do equipamento. “Entre elas, proibimos os utilizadores de taparem a luz LED indicadora e encorajamos os utilizadores a respeitarem as preferências das pessoas em seu redor e se desejam, ou não, aparecer em fotografias ou vídeo”, afirma.

Recorde-se que, anteriormente, o Facebook já tinha enfrentado alguma controvérsia relativamente aos seus óculos inteligentes, desta vez, em relação à introdução de tecnologia de reconhecimento facial, algo que acabou por não se concretizar nos Ray-Ban Stories.

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