Desde o verão que a Samsung suporta as auto-reparações de alguns dos seus smartphones nos Estados Unidos, fruto de uma parceria com a especialista dessa área, a iFixit. O objetivo é fornecer peças originais aos clientes que desejam reparar os equipamentos em casa, recebendo o suporte e manuais oficiais. A fabricante poderá ir um pouco mais longe e disponibilizar uma aplicação dedicada às reparações, ou melhor, um assistente para auto-reparação.
A fabricante submeteu uma patente no US Patent and Trademark Office, nos Estados Unidos, de uma aplicação chamada “Self Repair Assistant”. E a acompanhar, um sugestivo logotipo azul de uma roda dentada e uma chave inglesa, relacionado com reparações. Na sua descrição, é referido que se trata de uma aplicação de software para smartphones direcionada à auto-reparação, auto-manutenção e auto-instalação de equipamentos que incluem smartphones, smartwatches, tablets e ainda auriculares.
A fabricante já suporta a reparação dos modelos de smartphones das famílias S20 e S21, assim como o tablet Tab S7 Plus, mas segundo a descrição, o programa poderá ser alargado a outros produtos como os relógios inteligentes e auriculares.
Apesar da abertura às reparações domésticas, pelos seus próprios utilizadores, a complexidade da desmontagem e substituição de peças ainda continua a ser o maior obstáculo. Há sinais de melhorias das fabricantes, mas ainda se vive um período de transição no design dos equipamentos. O mais recente iPhone 14, por exemplo, a sua versão Pro continua a ser bem mais complexa de reparar que os modelos standard, que até receberam boa nota no iFixit. Mesmo o Phone (1) da Nothing, uma nova marca no mercado, não facilita a reparação do smartphone.
A disponibilidade de programas de reparação tem sido acelerada pelas fabricantes, um pouco em antecipação a possíveis regras que possam surgir na União Europeia. Bruxelas tem vindo a pressionar para um reforço de reparação de smartphones e tablets, apresentando proposta para que as fabricantes disponibilizem, pelo menos, 15 tipos de componentes diferentes a entidades especializadas em reparações durante cinco anos. Também existem pressões para as fabricantes facilitarem a substituição das baterias, sendo um dos componentes vitais, que muitas vezes dita a morte dos equipamentos.
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