Devia recomeçar a atividade hoje, 25 de março, mas um curto-circuito vai atrasar a reabertura do LHC, máquina que em 2012 foi responsável por encontrar o bosão de Higgs, uma das partículas que ajuda a explicar a física tal como é conhecida.

De acordo com a BBC, a resolução do problema pode levar alguns dias, mas a entrada em atividade do Grande Colisionador de Hadrões pode acontecer só daqui a umas semanas.

Esta semana os elementos do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN na sigla em inglês) já tencionavam colocar as partículas a percorrer o circuito de 27 quilómetros, para mais tarde começarem a nova ronda de experiências e que vai implicar a maior libertação de energia já feita pelo LHC.

O problema está relacionado com um curto circuito num dos ímanes de um dos sectores que compõe a "máquina do Big Bang". A falha foi descoberta no sábado, mas como para avançar com a sua manutenção é necessário garantir que o equipamento atinga temperaturas de 273 graus negativos - próximo do chamado "zero absoluto" -, então será uma tarefa que vai consumir bastante tempo.

Em comunicado, o CERN já desvalorizou a questão e diz que apesar da falha registada, o calendário definido para a segunda fase de vida do LHC não está comprometido.

"Todos os sinais apontam para uma boa segunda volta. No grande esquema das coisas, algumas semanas de atraso na demanda da humanidade para perceber o nosso Universo é pouco mais do que um piscar de olhos", disse o diretor geral do organismo, Rolf Heuer.

Fazer novas observações do bosão de Higgs, conseguir detetar matéria negra e tentar encontrar matéria que só terá existido logo a seguir à grande explosão que formou o universo, são alguns dos objetivos a serem cumpridos nesta segunda fase do projeto.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico