O mundo científico vive ainda na incerteza sobre o atual estado da missão Rosetta/Philae, depois de a aterragem do módulo no cometa 67P não ter corrido como inicialmente previsto – o que se traduz numa menor receção de energia e no menor envio de dados. Mas os japoneses vão avançar com seu próprio plano de exploração espacial.



No dia 30 de novembro vai ser iniciada a missão Hayabusa 2, na qual a agência espacial do Japão (JAXA) vai também enviar uma sonda para perseguir um asteroide. Mas os contornos da missão são um pouco diferentes daquela que a ESA operou.



Em primeiro lugar a viagem será muito mais curta, estando prevista a chegada ao astro 1999 JU3 em 2018. Depois os modelos da missão per se também serão diferentes.



Enquanto a Rosetta fez descer a sonda Philae, a Hayabusa 2 vai lançar uma sonda, a MASCOT, e um veículo, MINERVA 2, sobre o asteroide. A sonda fará a sua pesquisa autónoma, ao passo que o veículo terá como missão encontrar o melhor local onde a Hayabusa 2 pode fazer as suas recolhas.



Isto porque o satélite maior vai fazer várias aproximações ao cometa para a recolha de minerais: o 1999 JU3 é composto maioritariamente por argila e pedra, elementos que podem ser propícios a conter matéria orgânica ou água.



Mas o grande final está reservado para mais tarde, 18 meses após a chegada ao asteroide. Aí a Hayabusa 2 vai lançar um dispositivo sobre o asteroide que vai abrir uma cratera no mesmo, na qual a sonda principal da missão vai fazer a recolha de material do subsolo, explica o The Wall Street Journal.





Em vez de enviar apenas informações digitais para o planeta Terra, está previsto que em 2020 a Hayabusa 2 regresse com vários materiais físicos recolhidos, o que vai permitir análises mais extensas nos laboratórios dos investigadores da JAXA.


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