O fenómeno da Lua Azul é mais fácil de explicar do que o da Lua de Sangue, ou Lua Vermelha, que já ocorreu este ano em conjunto com o eclipse lunar mais curto de sempre: é preciso que o calendário propicie a ocorrência de duas luas cheias no mesmo mês. E isso acontece este mês de julho.
O Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) destaca que este é um fenómeno raro, e que a última ocorrência aconteceu em 2012, só voltando a repetir-se em 2018.
A NASA está também atenta ao acontecimento, que tem sido gerado curiosidade, mas quem estiver de olhos postos no Céu não vai ver mais do que uma Lua Cheia normal, até porque o astro não muda de cor apesar de ser muitas vezes representado com um tom azulado.
A origem da designação da Lua Azul remonta ao século XVI, onde a observação a olho nu parecia conferir essa coloração, mas mais tarde o significado foi atribuído a algo muito raro, explica o OAL. Como o ciclo lunar tem 29,5 dias, é preciso uma combinação de calendário específica para acontecerem duas Luas Cheias no mesmo mês.
O observatório recorda ainda que há registos na história de que uma coloração azul na Lua, depois da explosão do vulcão Krakatoa, na Indonésia, em que os gases em expansão na atmosfera fizeram com que a lua bem próxima do horizonte tivesse a aparência azulada.
A mesma situação repetiu-se em 1983, após a erupção do vulcão El Chichón no México. E há também relatos de luas azuis causadas pelas erupções dos vulcões do Monte Santa Helena nos Estados Unidos em 1980 e do Monte Pinatubo nas Filipinas em 1991.
Amanhã à noite poderá observar a Lua Cheia, mas a menos que ocorra uma erupção próxima de um vulcão dificilmente poderá ver o satélite natural da Terra ficar azul.
Veja ainda um vídeo com a explicação do fenómenol, partilhado pela NASA.
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