No início deste ano, a OpenAI apresentou o Sora, um modelo de inteligência artificial capaz de criar vídeos a partir de texto, demonstrando cenas detalhadas e movimentos de câmara complexos com base em comandos simples.
Na base do Sora está um modelo de difusão, que gera um vídeo a partir daquilo que se se parece com ruído estático e gradualmente o vai transformando, removendo o ruído ao longo de várias etapas, explicou a empresa na altura do lançamento.
O modelo tem por base os desenvolvimentos para os modelos DALL·E e GPT e usa uma técnica da ferramenta de imagens que implica a geração de legendas descritivas para dados de treino visual.
Pode criar vídeos inteiros de uma vez, e os exemplos têm cerca de um minuto, mas também pode estender os vídeos que foram criados e torná-los mais longos. A OpenAI explicou que ao fornecer ao modelo a previsão de muitos quadros ao mesmo tempo, resolve o desafio de garantir que um objeto permaneça igual, mesmo quando sai temporariamente de vista.
Pode igualmente partir de uma imagem estática e criar um vídeo, animando o conteúdo da fotografia com mais precisão e atenção aos detalhes.
Estas são imagens dos vídeos partilhados pela OpenAI
Ainda antes de abrir a possibilidade de utilização da ferramenta, a OpenAI anunciou que trabalharia primeiro com um grupo de designers, realizadores e criadores para ter o seu contributo sobre como pode desenvolver o modelo e torná-lo mais útil.
Cerca de um mês depois do lançamento, a empresa liderada por Sam Altman partilhou os primeiros resultados da colaboração, explicando que, embora ainda tivesse de fazer várias melhorias, já era possível ver como o Sora estava a transformar ideias em realidade.
Veja o vídeo
Recentemente, cerca de 20 artistas do conjunto selecionado divulgaram publicamente o acesso ao modelo em forma de protesto, alegando terem sido usados como "marionetas de relações públicas". Em resposta, a OpenAI suspendeu o acesso ao Sora, de acordo com o Washington Post.
Os artistas afirmaram que receberam o Sora com a promessa de serem parceiros criativos e testadores, mas consideraram que estavam a ser usados para promover a ferramenta como útil para a comunidade artística. Criticaram ainda o facto de todo o conteúdo gerado pelo modelo necessitar de aprovação da OpenAI, reduzindo a liberdade criativa e focando-se mais em publicidade.
Numa mensagem ao jornal, a OpenAI defendeu-se, afirmando que a participação no acesso antecipado ao Sora “é voluntária, sem obrigações de fornecer feedback ou sequer de usar a ferramenta”.
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