Durante as comemorações do décimo aniversário de League of Legends, a editora Riot Games abriu o livro para anunciar diversos jogos com o objetivo de expandir o universo do popular MOBA. Desde então já foi lançado o jogo de cartas colecionáveis Legends of Runeterra; o FPS tático Valorant, que é uma das maiores sensações da atualidade nos eSports; a versão para smartphones do MOBA League of Legends: Wild Rift. Mas existem mais produtos a caminho.
Ruined King: A League of Legends Story é a primeira aventura do universo dedicada à narrativa, numa experiência a solo que expande todo o cânone para além daquilo que os fãs conhecem. Trata-se de um RPG com enfâse na exploração e com combates por turnos.
O estúdio escolhido foi a Airship Syndicate, produtora de Joe Madureira, um artista que passou muitos anos na Marvel, mas que resolveu abraçar a indústria dos videojogos. O seu traço característico ficou bem patente na criação de Darsiders, ainda no seu estúdio anterior, Vigil Games, e depois na Airship deu vida a Battle Chasers: Nightwar, um RPG com combates por turnos que foi inspirado numa banda-desenha homónoma criada pelo artista.
E acontece que Joe Madureira é lusodescendente e o SAPO TEK, que teve oportunidade de falar com o designer, não poderia deixar de perceber um pouco mais sobre as suas origens. “Obrigado por perguntar, os meus pais vão adorar”, respondeu, corrigindo a informação que circula sobre ser dos Açores: “O meu pai nasceu em Soutelinho e a minha mãe no vale de Anta, perto de Chaves, aldeias muito pequenas”. Joe Madureira afirma que nasceu em Nova Iorque, mas visitava Portugal todos os anos durante a sua juventude, e ainda tem cá família. Destaca que visitou o Porto, lisboa e Castelo dos Mouros com as suas filhas há dois anos, salientando que se trata dos locais mais incríveis que viu.
Voltando a Ruined King, Joe Madureira afirma que foi abordado pela Riot Forge, a divisão da editora encarregue de supervisionar os projetos externos, para produzir o spin off, depois de terem jogado o seu RPG Battle Chasers: Nightwar. “Estávamos no processo inicial de planear o nosso próximo jogo, e em diferentes formas, trata-se de um sucessor espiritual, construído na nossa anterior experiência”.
Liberdade criativa para expandir o universo de League of Legends
O designer afirma que a colaboração entre o seu estilo e a editora tem sido bastante colaborativa: “a Riot Forge deu-nos uma surpreendente margem de liberdade criativa e suportou-nos com todo o ambiente narrativo. E permitiu-nos ainda espreitar outros projetos ligados a LoL para garantir que criávamos algo cânone, que encaixasse no universo existente, mas também no seu futuro.
Apesar de estar a trabalhar num universo que não foi criado pelo estúdio, Joe Madureira afirma que o novo jogo irá ter um estilo artístico em linha com o que trabalhou no passado. “Por acaso até funciona muito bem com League of Legends, porque ambos damos enfâse a tons e designs carregados. Definitivamente tivemos a preocupação de nos mantermos fieis à essência de cada Champion, o que era importante para nós desde o início, mas foi um encaixe natural”.
Quanto ao principal desafio em criar um jogo baseado num universo tão conhecido e com uma legião de fãs, para Joe Madureira, além de ter de condensar a lista de Champions protagonistas da aventura “porque haviam tantos tão giros”, foi garantir que os mesmos tivessem um impacto significativo, atando tudo com o que aconteceu antes, e o que poderá surgir depois dos eventos de Ruined King. Foi algo que deu algum trabalho, acrescentando que a “Riot Forge foi realmente prestativa em ajudar-nos a navegar nestes efeitos ondulantes”.
Mas será que Ruined King é um jogo que está a ser feito para apelar aos fãs de League of Legends, ou uma forma de capturar um público mais ligado aos RPG com combates por turnos para conhecer este universo? “Não será necessário ter qualquer familiaridade com League of Legends para apreciar Ruined King, mas os fãs do universo de LoL vão adorar a história do jogo e aprender mais sobre o mundo de Runeterra. O jogo também oferece uma nova forma de experienciar os Champions de LoL através de combates por turnos, para um jogador. Por isso diria que ambos os fãs de RPGs e de League of Legends vão poder apreciar o jogo”.
O jogo tem estado envolto de um grande secretismo e as informações concretas têm saído a “conta-gotas”. Sabe-se alguns dos Champions que vão estar presentes na aventura, segundo o website oficial, entre elas Miss Fortune, Illaoi, Braum, Yasuo, Ahri e Pyke, que se juntam para enfrentar um inimigo comum.
Contextualizando a aventura, Ruined King terá lugar depois de Burning Tides e Spirit Blosson, destacando que o jogo vai ser cânone ao universo de League of Legends. Ainda assim, o estúdio teve liberdade para introduzir novas personagens e criaturas no jogo para adicionar novidade e perigo a este mundo. Por outro lado, destaca que as áreas de Bilgewater e Shadow Isles vão ser aprofundadas na aventura.
Uma das direções que o estúdio tomou para a aventura, é que invés de uma exploração assente num mapa, como em Battle Chasers, os ambientes tridimensionais serão descobertos de forma contínua, com maior liberdade. Vão existir puzzles e armadilhas para superar, personagens e inimigos para lidar. Os inimigos vagueiam pelo cenário, e sempre que nos aproximamos deles é despoletado o modo batalha, passando o jogo para um sistema de turnos.
Apesar de estar a trabalhar num jogo inspirado em LoL, será que Joe Madureira é jogador de League of Legends? “Pessoalmente não joguei muito do MOBA, sobretudo porque não sou um jogador competitivo (pronto, sou muito mau nele). Jogos a solo, especialmente RPGs, são a minha cena. Dito isso, sempre fui um grande fã do universo League of Legends, no que diz respeito aos espetaculares designs das personagens e todo o estilo artístico”.
Ruined King: A League of Legends Story está previsto ser lançado no início de 2021, no PC e todas as consolas (PS4, PS5, Xbox One, Series X|S e Switch).
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