Criar um negócio que dê frutos em todo o mundo é um desafio complicado e o mais provável é existirem alguns precalços pelo meio. A história de gigantes tecnológicas como a Apple, a Samsung e o Facebook provam isso mesmo.
Se hoje alguém lhe dissesse que uma marca tão conhecida como a Samsung testou, por exemplo, a sua sorte no mercado do peixe desidratado seria algo de estranhar... Mas aconteceu. A história da empresa da maçã mostra também que nem sempre o percurso é linear, mas que uma visão estratégica pode fazer a diferença.
O site Visual Capitalist conta a história de nove gigantes tecnológicas que podem inspirar qualquer um a apostar no seu negócio e a pensar nestes casos sempre que a jornada não estiver a correr tão bem.
Veja na galeria a história de várias empresas tecnológicas populares em todo o mundo.
Mostramos-lhe alguns exemplos em detalhe.
Samsung: do peixe desidratado aos smartphones
Fundada em 1938, a Samsung passou grande parte dos anos 50 e 60 a testar o mercado. Hoje pode ser difícil de acreditar, mas a empresa tentou de tudo, desde seguros a têxteis. A aposta mais "fora da caixa" foi mesmo a comercialização de peixe desidratado.
Só em 1970, e depois da fase "experimental", é que a Samsung lançou o seu primeiro equipamento eletrónico de consumo: uma televisão a preto e branco. Do mundo dos televisores, a agora gigante tecnológica passou para o setor de hardware de telecomunicações em 1980, com a estratégia de diversificação de produtos a ser bem sucedida.
A marca ganhou destaque internacional ao longo de 1990 e três anos depois apostou na reestruturação. O foco passou a ser os equipamentos eletrónicos e a área da engenharia e química.
Hoje em dia, a marca é conhecida em praticamente qualquer canto do mundo pelos seus equipamentos de eletrónica de consumo, que vão desde televisões a smartwatches. Um dos seus gadgets mais recentes são os smartphones Galaxy Note 20 e Note 20 Ultra, que chegaram a Portugal no final de agosto.
Veja na fotogaleria os Samsung Note 20 e Note 20 Ultra
A visão estratégica da Apple, com "atropelos" pelo meio
A Apple foi resultado de uma visão estratégica dos seus fundadores desde o início. Para vingar no mercado de computadores pessoais, o agora lendário Steve Jobs procurou junto de vários governos aumentar os incentivos fiscais para empresas que doavam equipamentos a escolas.
Depois do fracasso do lobby, Steve Jobs teve sucesso no Estado da Califórnia. Focando-se inicialmente na área da educação, e oferecendo computadores para várias escolas da Califórnia, a Apple começou a arrecadar uma base de potenciais utilizadores.
A empresa da maçã prova que mesmo com uma estratégia sólida e produtos de qualidade, a máquina corporativa pode sair fora do controlo, com Steve Jobs a ser forçado a deixar a empresa em 1985. Depois de voltar, em 1997, e com o lançamento do iMac e do iPod, a Apple deu a volta a conseguiu tornar-se uma das empresas de tecnologia mais lucrativas do mundo.
E quem é que hoje em dia não conhece o iPhone? Desde 2007 que 11 gerações do smartphone da Apple têm valido milhares de milhões de euros à gigante tecnológica e a COVID-19 não travou o lançamento da nova família do iPhone 12 em outubro.
Facebook: Tudo começou no mundo universitário
Mark Zuckerberg criou o "Facemash" no seu dormitório enquanto estudava em Harvard. Na altura, pensou numa plataforma que comparasse e classificasse fotografias de alunos de ambos os sexos. No entanto, foi a partir do momento que a ideia passou a ser um site de "conexão" entre alunos que o Facebook se tornou popular entre os estudantes. A rede social foi criada em 2004.
Em 2012, o Facebook tornou-se a primeira empresa a alcançar um mil milhão de utilizadores e agora conta com mais de 2,7 milhões em todo o mundo. Plataformas como o Instagram, Messenger e WhatsApp também fazem parte do "império".
Entre as várias novidades mais recentes, a rede social lançou nos Estados Unidos uma app experimental que quer pôr os utilizadores a explorar o seu lado mais criativo. A E.gg, uma aplicação que, para já, está apenas disponível para iOS, afirma-se como uma plataforma onde os utilizadores podem explorar livremente a sua criatividade e dedicar-se a criar colagens virtuais.
YouTube: Quando o dating falha e resulta num sucesso mundial
Ver mais vídeos no YouTube do que televisão é uma realidade para a geração mais nova. Mas, a verdade é que, quando o YouTube foi fundado em 2005 era um pouco parecido com o Tinder, a rede social de encontros.
Na altura em que o "video dating" ainda era comum, a empresa procurou levar a experiência online, chegando mesmo a oferecer dinheiro às mulheres para fazerem upload de vídeos. A ideia acabou por não dar certo e os co-fundadores do YouTube decidiram lançar uma plataforma diferente. O objetivo, cumprido, era permitir o upload de qualquer tipo de vídeo.
A Google adquiriu o YouTube em 2006 e em 2019 as receitas de anúncios no YouTube quase que duplicaram em relação a 2017.
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