
“O Espaço é difícil, caro, perigoso e diria mesmo que é urgente. Penso que estas quatro características fazem com que a IA seja companheira perfeita para a exploração espacial”, realçou o pioneiro da exploração comercial do Espaço e membro do conselho da Virgin Unite US na sessão "Reaching for the stars", durante a mais recente edição do Building the Future.
Seja para ajudar em áreas como "programação, matemática, impressão 3D e tecnologias materiais" ou para tirar o maior partido possível das missões, "a IA vai ser transformadora - e já o é em muitos aspectos - para acelerar a nossa exploração e uso do Espaço, o que, na minha visão será potencialmente muito bom para o planeta".
A vontade de querer alcançar as estrelas também inspira novas ideias, incluindo de negócios. Exemplo disso o turismo espacial e Stephen Attenborough contou como empresas como a Virgin Galactic construíram esta indústria de raiz com a ambição de “transformar o que é um caminho estreito numa autoestrada acessível a todos”.

Se o preço e as questões de segurança não fossem um problema, muitos de nós aproveitariamos a primeira oportunidade possível para ir ao Espaço. A descoberta é entusiasmante e “todos temos a capacidade de ser exploradores”, lembrou. Afinal, “estamos nos ombros de gigantes”: dos pioneiros da navegação pelos mares durante o período dos Descobrimentos aos pioneiros da exploração espacial que conseguiram colocar o Homem na Lua.
Hoje, a nova geração de descobridores quer ir além das fronteiras do conhecimento, impulsionados pela evolução da Inteligência Artificial, realçou Stephen Attenborough. Mas há também quem mantenha esse desejo de ir além das fronteiras físicas e, hoje, estamos também numa nova era de exploração espacial, numa vertente mais comercial.
“Embora existam milhares de milhões de pessoas que gostariam de ir ao Espaço, hoje, pela primeira vez, não é preciso ser astronauta para fazer isso”, afirmou Stephen Attenborough.
Aqui destacam-se os projetos de turismo espacial da Blue Origin, SpaceX e, claro, da Virgin Galactic. Stephen Attenborough, outrora Chief Customer Officer da empresa de Richard Branson, contou como surgiu a ideia de lançar o negócio.
O grande propósito daquela que viria a ser a Virgin Galactic prende-se com a capacidade de gerar um impacto positivo, abrindo “a grande autoestrada para o Espaço”. Na altura, embora tivessem um propósito e mercado, a tecnologia ainda não estava no ponto certo para que pudessem avançar.
Depois de vários anos a desenvolver ideias e explorar conceitos tecnológicos, a empresa conseguiu desenvolver um sistema de voo espacial. Apesar das incertezas, as condições estavam reunidas para avançar e seguindo o mote “Screw it, let’s do it” (ou “Que se lixe, vamos a isso, numa tradução livre para português) a Virgin decidiu dar o primeiro de muitos passos.
Entre oportunidades e muitos desafios, o projeto continuou a crescer e, em dezembro de 2018, a Virgin Galactic conquistou uma grande etapa. Em dezembro deste ano, a VSS Unity seguiu rumo ao Espaço, concluiu com sucesso os seus testes.
Mas o grande marco só chegaria em 2021, com a primeira viagem oficial da VSS Unity. Richard Branson foi um dos membros da tripulação, composta por seis pessoas. Mais tarde, em 2023, a Virgin Galactic avançou com o seu segundo voo comercial, onde seguiu um trio de turistas espaciais.
Recorde a primeira viagem oficial da VSS Unity
Embora a Virgin Galactic só planeie regressar às viagens espaciais comerciais em 2026, já delineou os próximos passos e fez as contas à sua estratégia de futuro, com o objetivo de liderar o mercado do turismo espacial.
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