O espaço celeste está “vestido a preceito” para a época de festas, como mostram as visões apuradas do Hubble e do observatório de raios-X Chandra.
A NGC 2264, conhecida como "Cluster da Árvore de Natal", apresenta a forma de uma árvore cósmica com o brilho das luzes. A cerca de 2.500 anos-luz da Terra, este aglomerado reúne estrelas que variam em tamanho e idade, parecendo luzes azuis e brancas, com a nebulosa verde a fazer lembrar as agulhas de um pinheiro.
A nova imagem composta aumenta a semelhança com uma árvore de Natal através de opções de cor e rotação.
Veja a árvore de Natal cósmica com as luzes a piscar
As luzes azuis e brancas são estrelas jovens que emitem raios X detetados pelo Observatório de Raios X Chandra. Os dados óticos do telescópio WIYN de 0,9 metros da National Science Foundation mostram gás na nebulosa em verde, correspondendo às “agulhas de pinheiro” da árvore, e dados infravermelhos do Two Micron All Sky Survey mostram estrelas de primeiro plano e de fundo em branco.
A imagem foi girada de modo a parecer que o topo da árvore está voltado para o topo da imagem, descreve a NASA.
Mantendo o espírito da época, também tivemos o Hubble a olhar para a galáxia UGC 8091, que lembra um globo de neve cintilante, e onde podemos encontrar uma aglomeração celestial de estrelas que parecem um emaranhado de luzes de Natal.
A sete milhões de anos-luz de distância, na constelação de Virgem, esta galáxia irregular, sem a forma de uma espiral ordenada ou aparência elíptica, exibe uma dispersão difusa de estrelas.
Veja esta e outras imagens já captadas pelo Hubble
Para produzir a nova imagem foram precisos 12 filtros de câmara combinados, com luz desde o ultravioleta médio até a extremidade vermelha do espectro visível. As manchas vermelhas são provavelmente moléculas de hidrogénio interestelares que brilham porque foram excitadas pela luz de estrelas quentes e energéticas. Os outros brilhos mostrados são uma mistura de estrelas mais antigas. Uma série de galáxias distantes e diversas aparece ao fundo, captadas pela visão nítida do Hubble.
As imagens registadas agora pelo telescópio revelam não só a beleza cósmica em si, mas também contribuem para a investigação científica sobre o papel que as galáxias anãs tiveram há milhares de milhões de anos atrás no reaquecimento do hidrogénio após o Big Bang.
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