Já imaginou Saturno à noite? Ou uma cavidade estelar soprada pelo vento? E sabia que os icebergs têm uma parte colorida? Estes são alguns dos protagonistas das imagens da Terra e do Espaço destacadas pela NASA no mês de novembro.
Observações do telescópio espacial James Webb revelaram três galáxias ultramassivas que parecem contradizer teorias sobre a formação galáctica no universo primordial, forçando os cientistas a reavaliar modelos cosmológicos.
A supergigante vermelha WOH G64 situa-se a uns impressionantes 160.000 anos-luz de distância da Terra, mas ainda assim foi possível obter uma imagem extremamente nítida, graças ao Very Large Telescope.
Satélites, sondas, telescópios ou mesmo astrofotógrafos amadores captam constantemente imagens da Terra e do Espaço que a NASA destaca nos seus álbuns. Cometas, auroras e tempestades estiveram “sob os holofotes” em outubro.
Designer durante o dia e astrofotógrafo à noite, David Cruz viu algumas das imagens, que registou sob os céus do Alentejo, destacadas pela Agência Espacial Europeia. O cometa do século está entre os protagonistas e só não há auroras boreais... pelo menos por enquanto.
As descobertas feitas pelo telescópio XRISM são consideradas fundamentais para entender como os buracos negros crescem e como as estrelas massivas vivem e morrem.
Aglomerados de estrelas incendiaram o meio interestelar de Andrómeda. Também conhecida como M31, é a galáxia principal mais próxima da Via Láctea, com a qual um dia - muito longínquo - vai colidir. Enquanto isso, continua a ser objeto de estudo entre astrónomos.
As capacidades únicas do Hubble permitiram estudar a diversidade de estrelas no complexo N11, considerado um dos maiores e mais energéticos aglomerados da Grande Nuvem de Magalhães, assim como mapear as diferenças entre cada região.
Em julho as escolhas para fotografia do dia da NASA recaíram sobre momentos históricos, como a primeira alunagem, em 1969, ou a viagem da Voyager 1 que, ao chegar aos limites do sistema solar fotografou o momento. Ilustrações complexas recriando a história do Universo ou os exoplanetas já descoberto
Os álbuns de fotografias espaciais da NASA foram reforçados e contam com novas imagens registadas por telescópios, satélites, sondas, astronautas, cientistas ou simples interessados, umas tiradas recentemente e outras para serem relembradas, mas todas deslumbrantes.
O Hubble voltou a olhar para o cosmos depois de estar offline por várias semanas devido a um problema com um dos seus giroscópios, essenciais para controlar e orientar o telescópio. A galáxia NGC 1546, na constelação Dorado, serviu de “modelo” às fotos do regresso.
Astrónomos assistiram, pela primeira vez em tempo real, ao despertar de um buraco negro massivo que, de repente, começou a banquetear-se com o gás disponível nas suas imediações, fazendo brilhar intensamente a galáxia SDSS1335+0728 onde “mora”, a 300 milhões de anos-luz de distância da Terra.
De planetas vagabundos em berçários de estrelas, a novas galáxias anãs ténues, passando por esteiras de estrelas arrancadas à sua galáxia-mãe, estas são algumas das primeiras descobertas do telescópio espacial Euclid. E há imagens que prometem surpreender.
A NGC 4753 está situada a cerca de 60 milhões de anos-luz e viu revelados, pelas lentes do Telescópio espacial Hubble, os detalhes e estruturas de poeira que a compõem naquela que é sua imagem mais nítida alguma vez captada.
Em mais um contributo de inegável valor, o telescópio espacial Hubble apontou as suas lentes à galáxia NGC 4951, registando os braços espirais estrelados e brilhantes que cercam um centro galáctico ativo numa nova imagem.
Desde abril de 1990, o Hubble fez 1,6 milhões de observações de mais de 53.000 objetos astronómicos. Muitas resultaram em novas descobertas, outras “apenas” em imagens arrebatadoras. No dia em que festeja o 34º aniversário, há mais uma para conhecer.
O experiente telescópio Hubble desta vez aventurou-se numa verdadeira “caça aos asteroides”. Mas não aos maiores e sim aos de pequena dimensão, bem mais difíceis de ver. Com direito a vários “photo bombs”, os resultados superaram as expectativas.
Galáxias interativas, cometas "rodopiantes" e até eclipses solares no fim do mundo - numa antevisão do “espetáculo” preparado para daqui a uns dias - estão entre as imagens dos álbuns fotográficos espaciais da NASA no mês de março.
Localizada a 12 milhões de anos-luz de distância, Messier 82 é relativamente compacta em tamanho, mas hospeda um frenesim de atividade de formação de estrelas. Está a gerar novas estrelas 10 vezes mais rápido, se a compararmos com a “nossa” Via Láctea.
O gás e a poeira que permeiam o espaço exercem pressão sobre uma galáxia à medida que ela se move. Esta resistência, conhecida como pressão dinâmica, pode reduzir ou mesmo impedir a criação de novas estrelas. Ou o contrário. O telescópio Hubble anda a ajudar a descobrir.
Entrar em erupção repentinamente, emitindo massas de gás periódicas e depois regressar ao estado normal é um comportamento que ainda não tinha sido observado em buracos negros, mas que aconteceu a cerca de 800 milhões de anos-luz de distância.
Mergulhando profundamente no espaço e no tempo, James Webb apontou a GN-z11, uma galáxia do “início dos tempos” excecionalmente luminosa. Mas por que é tão brilhante? O supertelescópio parece ter encontrado a resposta.
Há tantas estrelas no campo de visão na imagem registada pelo telescópio Hubble agora divulgada que pode ser um pouco complicado perceber que estamos de facto a olhar para uma galáxia, até porque falta estrutura à ESO 245-5. Mas brilho não.
Aglomerados de galáxias, foguetões que “rasgam” a Lua, auroras boreais, o nascer do Sol visto da ISS, as poeiras do Saara que visitam a Europa, Vénus e as suas fases e as cores reais de Plutão estão entre as imagens do espaço destacadas pela NASA em janeiro.