A chegada ao ponto mais próximo da superfície de Mercúrio está prevista para a madrugada de amanhã, dia 8 de janeiro, pelas 5h59 GMT, quando a sonda BepiColombo estará a menos de 295 km do planeta. É a primeira oportunidade na última década para fazer fotografias e medições do ambiente magnético do planeta, como explica a ESA.

A missão da Agência Espacial Europeia (ESA) e da JAXA já permitiu aos cientistas ter acesso a dados relevantes de Mercúrio, o ponto central da missão da sonda, e esta é a sexta passagem próxima do planeta.

A BepiColombo foi lançada em 2020 e soma seis anos de uma jornada prevista de oito. Para garantir a rota certa nesta aproximação a Mercúrio teve de fazer várias passagens que ajudam a acelerar e a alinhar a direção, uma na Terra, duas em Vénus e agora a sexta em Mercúrio.

"Não podemos esperar para ver o que a BepiColombo vai revelar na sua sexta e última passagem por Mercúrio. Estamos ainda a dois anos da principal fase de ciência da missão e esperamos que este encontro forneça belas imagens e importantes dados científicos do planeta", explica Geraint Jones, cientista do projeto BepiColombo na ESA.

A sonda vai aproximar-se do lado noturno do planeta e as câmaras devem conseguir as imagens mais interessantes à medida que viaja para o lado iluminado, pelas 6 horas da manhã, sete minutos depois do ponto de maior aproximação.

Veja o gráfico com a explicação da missão

Bepicolombo 6ª aproximação a Mercúrio
Bepicolombo 6ª aproximação a Mercúrio créditos: ESA

A ESA adianta que as primeiras imagens devem ser reveladas a 9 de janeiro, com outros dados científicos a chegarem posteriormente. Estas serão as imagens mais detalhadas desde que a missão Messenger da NASA terminou a operação em 2015.

Nesta galeria pode ver algumas imagens de uma das últimas aproximações a Mercúrio

A Agência Espacial Europeia preparou um vídeo com uma simulação da viagem da BepiColombo que mostra a superfície de Mercúrio e a forma como as câmaras de monitorização M-CAM 1 são operadas para captar as imagens. Uma das zonas menos exploradas é precisamente o polo norte do planeta, onde as crateras estão em permanente escuridão.

As câmaras da sonda vão fazer imagens de extra longa exposição que os cientistas esperam revele mais sobre o que existe nessas crateras.

Veja o vídeo preparado pela ESA