
É normal que os meses de verão ofereçam um espetáculo celestial fascinante, entre céus limpos de nuvens e cheios de estrelas, com as populares Perseidas entre as protagonistas mais desejadas, mas em julho pode assistir às atuações de outros atores e atrizes.
O convite é da NASA com a sugestão de que numa destas noites claras deste mês reserve um pouco de tempo para olhar para a constelação de Hércules, mais propriamente para a sua “Pedra Angular”, uma figura central quadrada, quase perfeita, entre as estrelas brilhantes Vega e Arcturus. Hércules, cujo "torso do herói" se assemelha a uma versão menor de Órion, domina o céu após o pôr do sol.
Siga no mapa celeste desta constelação até o Grande Aglomerado Globular de Hércules conhecido como Messier 13 e frequentemente chamado de "joia magnífica" por ser um dos aglomerados globulares mais espetaculares e populares entre os astrónomos e entusiastas do céu noturno, com as suas estrelas antigas a orbitarem a Via Láctea como enxames de abelhas.
Um par de binóculos mostrará uma mancha ténue e difusa, enquanto um pequeno telescópio irá identificar algumas das estrelas neste aglomerado globular, sugere a NASA.
Já entre o “herói” Hércules e a constelação de Boötes, encontrará a pequena constelação Corona Borealis, em formato da letra “C”, que pode trazer um bónus. Isto porque a comunidade científica prevê que T Coronae Borealis, também conhecida como “Estrela Blaze”, se transforme numa nova estelar em algum momento deste verão.
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Uma nova é um evento astronómico que ocorre num sistema estelar binário, composto por uma estrela anã branca e uma companheira (geralmente uma estrela em estágio avançado, como uma gigante vermelha). O fenómeno acontece quando a anã branca atrai material (principalmente hidrogénio) da companheira para a sua superfície. Quando a quantidade de material acumulado atinge um nível crítico, inicia-se uma reação de fusão nuclear de forma explosiva na superfície da anã branca. Isso resulta num aumento repentino e dramático no brilho da estrela, que pode ser observado da Terra.
Essas explosões aumentam a luminosidade da estrela em várias ordens de magnitude, tornando-a visível no céu noturno como uma "nova" estrela, daí o nome "nova". Esse brilho intenso pode durar dias, semanas ou até meses, antes de a estrela regressar gradualmente ao seu estado normal. Importante notar que a nova não destrói a anã branca, permitindo que o processo seja repetido se a anã branca continuar a acumular material de sua companheira.
Existem apenas cinco estrelas novas conhecidas em toda a nossa galáxia, por isso não perca a oportunidade de assistir a este evento raro observável.
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