Um grupo de investigadores defende que há seres extraterrestres que podem brilhar em tons de vermelho, azul e verde, para se protegerem de explosões de radiação ultravioleta (UV) emitidas pelas estrelas. Essa mesma fluorescência será meio caminho andado para os encontrarmos.
A teoria é apresentada num estudo publicado no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Os seus autores explicam que a maioria dos exoplanetas potencialmente habitáveis descobertos até agora orbitam as chamadas anãs vermelhas. Quando essas estrelas são jovens tendem a ser muito ativas, inflamando com frequência em explosões que emitem altos níveis de radiação ultravioleta (UV), algo que pode ser biologicamente prejudicial para a superfície dos planetas em seu redor.
Por isso a existir vida nestes planetas, como poderá ser? Uma das hipóteses é a biofluorescência, um fenómeno que acontece com certos corais no nosso planeta que, pelas suas caraterísticas, “brilham” para se protegerem dos raios UV do Sol.
Aplicando o modelo aos exoplanetas que orbitam anãs vermelhas, os investigadores defendem que um planeta sem nuvens e coberto de criaturas fluorescentes poderia produzir uma mudança temporária no brilho, tornando os seres extraterrestres mais facilmente detetáveis.
Mas, para que isso acontecesse, além de grande parte do exoplaneta ter de estar coberta de biofluorescência, também serão necessários telescópios mais poderosos que a possam revelar. Os instrumentos que vão equipar o European Extremely Large Telescope são excelentes candidatos, garantem os autores na introdução do estudo.
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