A equipa do James Webb Space Telescope (JWST) anunciou ter completado com sucesso o desdobramento da capa protetora de 21 metros do supertelescópio, naquele que representava um dos marcos mais importantes para o seu correto funcionamento durante as operações científicas da missão.
Com aproximadamente o tamanho de um campo de ténis, o escudo solar foi dobrado para caber dentro da área de carga do cone do nariz do foguetão Ariane 5, tendo começado a dança mecânica para a abertura das suas cinco camadas a 28 de dezembro de 2021, três dias depois do lançamento a partir da Guiana Francesa.
O delicado processo terminou esta terça-feira e para que fosse cumprido milhares de peças tiveram que trabalhar com precisão, nomeadamente 139 dos 178 mecanismos de libertação do Webb. As manobras foram realizadas em duas fases, uma para alongar as três camadas mais próximas do Sol e a outra para lançar as duas últimas.
O escudo solar foi criado para proteger o telescópio da luz e do calor do Sol, da Terra e da Lua. Cada folha de plástico é quase tão fina como um cabelo humano e revestida com metal refletor, fornecendo proteção da ordem de mais de FPS 1.000.000. Juntas, as cinco camadas reduzem a exposição ao Sol de mais de 200 quilowatts de energia solar para uma fração de watt.
Esta proteção é crucial para manter os instrumentos científicos do James Webb a temperaturas abaixo dos 380 graus Fahrenheit negativos, frio o suficiente para ver a fraca luz infravermelha que o supertelescópio sucessor do Hubble procura observar.
“Desdobrar a proteção solar do Webb no espaço é um marco incrível, crucial para o sucesso da missão”, sublinhou Gregory L. Robinson, diretor do programa. “Milhares de peças tiveram que trabalhar com precisão para que essa maravilha da engenharia se estendesse totalmente”.
Recorde o lançamento do James Webb em imagens
O James Web Space Telescope tem ainda mais cinco meses e meio de configuração pela frente, com momentos que incluem tarefas relacionadas com os espelhos, alinhamento da ótica do telescópio e calibração de instrumentos científicos. Depois disso, o supertelescópio estará preparado para “oferecer” as suas primeiras imagens.
Se tudo correr como planeado, a tecnologia revolucionária do supertelescópio que resulta de uma parceria internacional entre a NASA, a ESA e a Agência Espacial Canadiana (CSA) permitirá explorar todas as fases da história cósmica, desde o interior do nosso sistema solar, às galáxias mais distantes observáveis no início do universo, e tudo o que está entre os dois. “Webb irá revelar novas e inesperadas descobertas e ajudará a humanidade a compreender as origens do Universo e o nosso lugar nele”, destaca a NASA em comunicado.
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