No passado dia 23 de junho, a sonda BepiColombo realizou uma segunda missão de aproximação a Mercúrio, nas seis previstas antes da sua entrada definitiva em órbita que deverá acontecer em 2025. A missão, liderada pelas agências espaciais, a europeia ESA e a japonesa JAXA, teve como objetivo aproximar-se a cerca de 200 quilómetros da superfície do planeta. Pelo caminho, as câmaras de monitorização a bordo da nave fizeram o registo da viagem.
Foram publicadas as imagens preliminares pela ESA, captadas por uma das câmaras do instrumento Mercury Transfer Module, onde se puderam observar as crateras da superfície do planeta. Estas primeiras imagens foram captadas a uma distância de 920 quilómetros do planeta.
Veja na galeria as fotográficas captadas pela sonda espacial:
A ESA reuniu agora uma sequência de 56 imagens, compilando-as para criar um pequeno vídeo, oferecendo uma maior perceção da aproximação da sonda ao planeta. Estas foram captadas a preto-e-branco, com uma resolução de 1024x1024 pixéis. Desta vez a compilação junta as imagens das duas câmaras MCAM do Mercury Transfer Module.
É referido que esta sequência de imagens durou cerca de 15 minutos, começando logo a seguir à aproximação de Mercúrio. A ESA explica que primeiro mostrou a sequência de fotos captadas pela MCAM-2 e depois a MCAM-3, localizadas em cada extremidade da nave. As fotos focaram captadas alternadamente, com cerca de 15-20 segundos de intervalo. Já na parte final do vídeo, é possível ver uma montagem com imagens simultâneas das duas câmaras, oferecendo uma perspetiva melhorada do planeta.
A aproximação permitiu identificar diversas formações geológicas de Mercúrio, que o BepiColombo vai estudar com maior detalhe quando finalmente chegar à sua órbita. É referido que as crateras dominam a paisagem, mas também há planícies vulcânicas, entre outras linhas geográficas criadas por roturas tectónicas. Foi observado, pela primeira vez pela sonda, a bacia Caloris, coberta por lava, destacando-se do seu fundo negro.
Veja toda a sequência no vídeo:
Desde que foi lançado em outubro de 2018, através do foguetão Ariane 5, a sonda fez uma aproximação na Terra, duas em Vénus e seis previstos para Mercúrio, usando o seu sistema elétrico de propulsão através de energia solar para navegar contra a força gravitacional do Sol. Outros sensores captaram amostras de partículas magnéticas e de plasma do planeta nas diferentes distâncias do percurso. A equipa de cientistas disse que os materiais recolhidos nestas aproximações são extremamente valiosos.
Espera-se identificar crateras com origem de impactos, assim como detalhes geológicos ligados à atividade vulcânica e tectónica do planeta. A ESA diz que Mercúrio tem uma superfície com um histórico de 4,6 mil milhões de anos de histórias de bombardeamentos de cometas e asteroides. E espera que os cientistas descubram os segredos do seu lugar na evolução do Sistema Solar.
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