A Estação Espacial Internacional (ISS) realizou, na passada segunda-feira, mais uma manobra de desvio para evitar a colisão com detritos espaciais, naquele que foi o segundo procedimento do género em menos de uma semana.

A oficialmente denominada “Manobra de Prevenção de Detritos Pré-determinada” (PDAM), foi conduzida com a ajuda da nave russa Progress 89, acoplada à ISS. Os motores da Progress foram ativados por três minutos e meio, elevando a órbita da estação em cerca de 500 metros, de acordo com informações da Roscosmos, a agência espacial russa. A operação afastou a ISS de um fragmento de um satélite meteorológico desativado em 2015.

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A NASA e outras agências parceiras coordenaram a ação para garantir a segurança da estação e da sua tripulação. Este episódio sublinha um problema crescente: a multiplicação do lixo espacial na órbita baixa da Terra, onde a ISS opera.

Veja as imagens da constituição da Estação Espacial Internacional

A Agência Espacial Europeia estima que mais de 40 mil objetos com dimensões superiores a 10 cm estejam a orbitar o planeta, juntamente com cerca de 130 milhões de fragmentos mais pequenos.

O vídeo de menos de 2 minutos mostra mais detalhes sobre a Estação Espacial Internacional

Apesar do seu tamanho reduzido, os pedaços de lixo menores podem causar danos na mesma, se colidirem com alguma nave, tripulada ou não. Os detritos em órbita viajam a 29 mil km/h, o que faz com que até uma lasca de tinta possa ser perigosa.

As manobras para evitar impactos estão a tornar-se uma prática frequente, à medida que o espaço em redor da Terra fica cada vez mais congestionado com restos de foguetões, satélites desativados e outros detritos. A necessidade urgente de soluções para gerir o lixo espacial nunca foi tão evidente.