
O lançamento da Peregrine Lunar Lander foi considerado um sucesso, mas pelos vistos nem tudo correu bem com a missão de estreia do programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) da NASA, associada à Artemis 2, que marcará o regresso dos humanos à Lua mais de 50 anos depois da primeira vez.
Com a comemoração do envio da primeira foto registada pela câmara a bordo do Peregrine veio também a confirmação sobre a existência de uma anomalia no sistema de propulsão, que os dados de telemetria já teriam acusado.
O problema vai impedir que o módulo espacial chegue à superfície lunar, como era o seu propósito, anunciou a Astrobotics.
“Recebemos a primeira imagem do Peregrine no espaço! A câmara usada está montada no topo de um deck de carga útil e mostra o isolamento multicamadas (MLI) em primeiro plano. A perturbação do MLI é a primeira pista visual que se alinha com os nossos dados de telemetria, apontando para uma anomalia no sistema de propulsão”, escreveu primeiro a Astrobotics.
Lamentavelmente na publicação seguinte a empresa adiantou que o problema está a fazer com que os propulsores da nave espacial operem “muito além dos seus ciclos de vida útil esperados para evitar que a sonda caia incontrolavelmente”.
Com base na taxa de consumo de combustível, os propulsores do módulo lunar só seriam capazes de continuar a operar, no máximo, por cerca de 40 horas. O objetivo passou a ser o de levar o Peregrine o mais longe possível, "antes que perca o capacidade de manter a posição virada para o Sol e subsequentemente a energia”.
A missão Peregrine Lunar Lander tinha seguido viagem esta segunda-feira em direção à Lua. O módulo lunar partiu ajudado pelo impulso do foguetão Vulcan Centaur, da United Launch Alliance - igualmente um estreante.
A United Launch Alliance partilhou imagens do lançamento. Clique para mais detalhes.
Com capacidade de carga útil para 90 quilogramas, entre outras coisas o módulo lunar transportava equipamento científico que a NASA necessitará para estudar as características da exosfera lunar, as propriedades térmicas e a quantidade de hidrogénio presente no regolito lunar.
Se tudo tivesse corrido conforme planeado, o Peregrine deverá entrar na órbita lunar em 12 dias. A chegada ao satélite natural, mais precisamente a uma região de antigos fluxos de lava conhecida como Sinus Viscositatis, ou Baía da Viscosidade, aconteceria a 23 de fevereiro, com a previsão de que o módulo espacial operasse por cerca de 192 horas, ou seja, oito dias.
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