Um novo relatório do Pentágono sobre fenómenos aéreos anómalos ou não identificados (UAP, na sigla em inglês) revela que as investigações realizadas pelo Governo dos Estados Unidos desde o fim da segunda Guerra Mundial não encontraram provas de tecnologia extraterrestre.

O relatório conclui também que a maioria dos casos de avistamento de UAP eram, na verdade, objetos ou fenómenos comuns que acabaram por ser identificados de forma errónea. As conclusões fazem parte de um relatório, realizado pelo AARO (All-domain Anomaly Resolution Office), cujo primeiro volume foi entregues recentemente ao Congresso dos Estados Unidos. , avança a Reuters.

Embora admita que muitos casos de avistamento de UAP continuam por resolver, o AARO, que apresentará ainda mais conclusões no segundo volume do relatório, conclui que se existissem mais dados, e de melhor qualidade, a maioria deles poderia ser também identificada como objetos ou fenómenos comuns.

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De acordo com a informação avançada pela agência, que pertence ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos, desde 1945 que o governo do país tem financiado investigações para averiguar se os UAP podem representar um risco para voos, se são um sinal de que nações adversárias estão a fazer avanços tecnológicos significativos ou se são um sinal da existência de tecnologias extraterrestres.

O AARO reconhece a existência de uma narrativa que alega que o Governo norte-americano, ou uma organização secreta que fará parte do mesmo, terá registo de destroços de naves extraterrestres, assim como de resquícios biológicos alienígenas, levando a cabo programas para estudar as supostas evidências e para tentar replicar a tecnologia através de engenharia reversa.

A agência realça que não foram encontradas provas empíricas que demonstrem que o Governo dos Estados Unidos ou que empresas privadas estejam a usar engenharia reversa para replicar tecnologia extraterrestre.
O AARO determinou também que, "tendo em conta toda a informação disponibilizada até à data, as alegações que dizem respeito a pessoas específicas, localizações conhecidas, testes tecnológicos e documentos alegadamente envolvidos ou relacionados com o uso de engenharia reversa em tecnologia extraterrestre são incorretas".
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Recorde-se que, no ano passado, o tema do avistamento dos UAP voltou chamar a atenção do mundo, sobretudo após as declarações de três ex-membros das forças armadas ao Congresso norte americano, que partilharam informação sobre a existência de alegados programas militares secretos, assim como de encontros com objetos não identificados, incluindo de origem não humana.

Ainda em 2023, a NASA tornou público o relatório realizado pela equipa de especialistas que reuniu em outubro de 2022 para estudar UAP, não tendo encontrado quaisquer evidências de que este tipo de fenómenos tenha origem extraterreste.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 19h08)