A SpaceX deu mais um passo no seu objetivo de cobrir o planeta com internet de alta velocidade e anunciou-o no seu Twitter. O quarto lançamento do Falcon 9 foi realizado com sucesso a partir do Cabo Canaveral, conseguindo colocar em órbita mais 60 satélites, os quais se juntam agora à constelação Starlink.
Após a fase de separação, o Falcon 9 voltou à Terra para aterrar na base naval “Of Course I Still Love You”. Uma hora depois do lançamento, os satélites foram colocados em órbita a uma altitude de 280 quilómetros. Os dispositivos utilizarão depois os seus propulsores Hall e a energia extraída de um único painel solar para se posicionarem numa órbita de 550 km acima do nosso planeta.
Além de voltar a utilizar o Falcon 9, a empresa “reciclou” pela primeira vez a carenagem utilizada em missões anteriores, a qual protege a carga aquando da saída do foguetão da atmosfera terrestre. De acordo com Elon Musk, a estratégia de reutilização do material aeroespacial tem em vista a redução dos custos das viagens ao espaço, algo que pode ser atrativo para investidores e poderá ser posta em prática nas futuras missões a Marte.
Em maio deste ano, após várias tentativas falhadas, a empresa lançou para a órbitra da Terra os primeiros 60 satélites de telecomunicações. A rede Starlink seria inicialmente composta por 12.000 satélites a serem lançados pelo Falcon 9 de forma faseada. No entanto, a SpaceX decidiu, em outubro deste ano, pedir uma autorização à International Telecommunication Union para lançar mais 30.000 pequenos dispositivos, chegando ao todo aos 42.000.
A comunidade científica está preocupada com os “inconvenientes” que a constelação poderá vir a causar. Embora não seja de grandes dimensões, os dispositivos são altamente reflexivos, aparecendo como pontos que se movem no céu nas horas após o pôr do Sol e antes do nascer do Sol. Além disso, a constelação Starlink pode vir a ter efeitos negativos a outros níveis. A International Astronomical Union (IAU), por exemplo, indica que estes podem afetar as leituras de instrumentos de alta precisão como o Extremely Large Telescope e a interferência rádio.
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