Em março, a missão SPHEREx partiu para o Espaço com uma missão ambiciosa: mapear toda a esfera celeste em 102 cores infravermelhas pela primeira vez na história da Humanidade. Semanas após um lançamento bem-sucedido, a NASA confirma que todos os sistemas estão operacionais.

O novo telescópio já captou também as suas primeiras imagens. De acordo com a agência, as imagens ainda não estão prontas para usos científicos, mas já deixam antever as novas possibilidades que o telescópio poderá abrir.

Cada um dos pontos brilhantes captados pelo SPHEREx representa uma fonte de luz, como uma estrela ou galáxia. Ao todo, cada uma das imagens contém mais de 100.000 fontes de luz detetadas.

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A NASA explica que cada imagem contém seis registos diferentes, um por cada instrumento de deteção do telescópio. O conjunto de imagens representa o campo de visão completo do SPHEREx, que cobre uma área rectangular que é cerca de 20 vezes mais ampla do que a Lua cheia.

O telescópio deverá dar início às suas operações científicas no final de abril e, a partir daí, irá captar cerca de 600 imagens por dia.

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Uma vez que o SPHEREx deteta luz infravermelha, algo que não é visível para o olho humano, os cientistas atribuíram uma cor a cada comprimento de onda captado.

Segundo a NASA, cada um dos instrumentos de deteção do telescópio capta 17 comprimentos de onda únicos, num total de 102 tonalidades a cada conjunto de seis imagens. Ao decompor as cores desta maneira é possível revelar, por exemplo, a composição de um determinado objeto espacial ou a distância de uma galáxia.

A partir dos dados recolhidos, os investigadores podem estudar uma variedade de temas, das marcas deixadas pelo fenómeno da expansão cósmica nos primeiros instantes após o Big Bang às origens de elementos como água na Via Láctea.