A interrupção das comunicações com a Terra ficou para trás e desde que o contacto foi retomado, o rover Perseverance acelerou já deu a conhecer mais alguns “cantos à casa” - marciana, pois claro.
Depois de mostrar, pela primeira vez, parte do interior de uma rocha, o veículo robótico fez mais uma das suas recolhas - a terceira -, desta feita de um exemplar rochoso esverdeado.
"Outro pedaço de Marte para levar comigo. A minha última amostra é de uma rocha carregada do mineral esverdeado olivina, e há várias teorias entre a minha equipa científica de como foi lá parar. As hipóteses chovem! A ciência é demais", pode ler-se numa recente atualização na conta oficial do rover no Twitter, com algumas fotos a acompanhar.
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No tweet desta terça-feira não são fornecidos detalhes sobre as hipóteses colocadas na mesa pelos cientistas para a existência de olivina em Marte, mas haverá, com certeza, algo para dizer nos próximos tempos.
Minerais como basalto e olivina são comumente encontrados em pedaços solidificados de lava ou magma na Terra, conhecidos como rochas ígneas ou magmáticas. Os cientistas da NASA estão a tentar encontrar uma correlação entre a olivina e os carbonatos, minerais especiais que são normalmente formados quando o dióxido de carbono interage com a água líquida.
Cratera Jezero, a região onde o Perseverance pousou, confirmada como o antigo leito de um lago que existiu há 3,7 mil milhões de anos, também apresenta um grande número de depósitos de carbonatos. Na verdade, o local estava cheio de depósitos de olivina e desde essa altura que os cientistas da NASA tentam descobrir a origem da existência marciana de tal mineral.
A recolha de amostras é uma parte fundamental da missão em Marte. Ao todo, o veículo robótico conta com 43 tubos destinados a amostras, motivo pelo qual a NASA necessita de tomar decisões estratégicas em relação a que tipos de rochas é que o rover recolherá. Esta foi a terceira.
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O Perseverance chegou a Marte a 18 de fevereiro de 2021, depois de partir da Terra a 30 de julho de 2020. O objetivo principal da missão é explorar a região de Cratera Jazero, onde os cientistas estimam existir mais possibilidade de encontrar provas de vida anterior em Marte.
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