
Tudo terá começado com o Big Bang, há perto de 14 mil milhões de anos, quando o Universo era pequeno, quente e denso. Em menos de um bilionésimo de bilionésimo de segundo, aquele pequeno Universo expandiu milhares de milhões de vezes o seu tamanho original, através de um processo a que se dá o nome de "inflação cósmica". Ou poderá não ter sido bem assim…
A teoria defende que a expansão do universo na maioria das regiões do espaço-tempo é permanente, contudo, tal dinâmica produziria uma variedade infinita de pequenos universos.
Paul Steinhardt, físico teórico que apoiou a Teoria da Inflação, mas que hoje é antagonista da mesma, aposta noutra possibilidade de desenvolvimento do Universo e por isso juntou a sua equipa e outros investigadores para conduzirem um conjunto de simulações em computador que o comprovassem.
No lugar do “Grande Estrondo” do Big Bang, o cientista defende a existência de um “Grande Ressalto” ou “Big Bounce”, propondo um universo cíclico marcado por períodos de expansão e contração, sem começo nem fim e que terá sido resultado do colapso de um universo anterior.
Num artigo publicado na Quanta Magazine explica-se que os investigadores analisaram como um universo em colapso mudaria a sua própria estrutura, verificando que a contração se sobrepõe à inflação. Não importa o quão bizarro e retorcido o universo parecesse antes de se contrair, o colapso apagaria com eficácia uma alargada gama de rugas primordiais.
Ao longo do último ano e meio, uma nova visão do universo cíclico, ou "ekpirótico", surgiu de uma colaboração entre Paul Steinhardt e Anna Ijjas, cosmologista do Instituto Max Planck de Física Gravitacional, na Alemanha.
Diferente da teoria da inflação, que advoga que a expansão é responsável por "corrigir" as irregularidades no espaço-tempo do cosmos, os dois investigadores acreditam que o alinhamento ocorre durante a contração.
A proposta passa por um universo que se expande por, talvez, um bilião de anos, movido pela energia de um campo omnipresente (e hipotético), cujo comportamento atribuímos à matéria negra. Quando este campo de energia eventualmente fica disperso, o cosmos começa a esvaziar-se tenuemente.

Ao longo de milhares de milhões de anos, um fator de escala de contração aproxima tudo mais um pouco, mas não totalmente. A mudança dramática vem do volume de Hubble, que acelera e eventualmente se torna microscópico. A contração do universo recarrega o campo de energia, que aquece o cosmos e vaporiza os seus átomos. Segue-se um salto e o ciclo recomeça.
Embora considere as simulações “atingíveis”, a comunidade científica está a olhar para a teoria do “Big Bounce” com cautela. Defende-se que os recursos tecnológicos para simular a expansão e retração do universo são recentes e que ainda é preciso estudar melhor as condições da teoria da inflação.
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