A Airbus continua empenhada em desenvolver veículos aéreos autónomos, e nos últimos anos tem vindo a fazer testes e a partilhar conceitos do seu protótipo Vahana, mais concretamente a sua segunda versão, Alpha Two, em parceria com a Audi. A empresa juntou mais uma peça ao puzzle e revelou uma parceria com a Luminar, uma empresa dedicada à tecnologia de navegação por laser LIDAR, que recentemente se tornou pública.
A tecnologia LIDAR está a ser utilizada nos smartphones para ajudar a medir as perspetivas nas câmaras fotográficas e equipamentos com suporte a realidade aumentada, como os modelos iPhone 12 da Apple. Está também a ser utilizada na indústria da condução autónoma para melhorar a precisão dos algoritmos de navegação para a deteção de obstáculos.
Essa mesma tecnologia pode facilitar também o desenvolvimento dos veículos aéreos autónomos, e é isso que a Airbus pretende no seu modelo em desenvolvimento. A tecnologia utiliza guias laser para mapear detalhadamente tudo o que se passa no redor tridimencional dos veículos.
A parceria vai colocar a tecnologia LIDAR em dois projetos inovadores, conduzidos pelas suas subsidiárias UpNext e a FlightLab, dedicadas a testar novos conceitos de voo, de forma a encontrar a prova de conceito que sirva de base a futuras tecnologias desenvolvidas na Airbus. Os engenheiros de ambas as empresas vão trabalhar em cooperação para melhorar os sensores, perceção e capacidades tecnológicas para garantir voos autónomos seguros, refere a Airbus.
Em declarações ao The Verge, o CEO da Luminar destaca o passo importante que a empresa deu na parceria com a Airbus, como uma extensão da sua missão em tornar os transportes em geral mais seguros e autónomos.
Mas a tecnologia LIDAR poderá ser importante para os aviões e helicópteros convencionais. Até porque os acidentes fatais com helicópteros têm vindo a crescer nos últimos anos, segundo um relatório da US Helicopter Safety Team. A Luminar diz que pode ajudar a prevenir alguns dos acidentes fatais, visto que grande parte deles são causados durante a aterragem, apanhando elementos como fios elétricos que poderiam ser totalmente evitáveis, caso fosse utilizado um sistema de mapa tridimensional.
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