Não é a primeira vez que a Apple demonstra interesse no mercado da realidade virtual e aumentada. Ainda em 2017 a marca da maçã adquiriu a Vrvana por 30 milhões de dólares, uma startup sedeada no Montreal, Canadá, responsável pelo Totem, um headset de realidade aumentada em desenvolvimento, mas que nunca foi lançado no mercado. Na altura referiu-se que a Apple poderia introduzir um equipamento em 2020.

Agora a empresa adquiriu a Akonia Holographics, outra startup do Colorado, Estados Unidos, focada no desenvolvimento de lentes para óculos de realidade aumentada. Em declarações à Reuters, a gigante de Tim Cook refere que por vezes adquire pequenas empresas, mas por norma não revelam os seus planos ou propósito do negócio.

No site da Akonia é referido que a sua tecnologia HoloMirror permite a criação de lentes para smart glasses finas e transparentes, oferecendo imagens coloridas, vibrantes e com grande amplitude de visão. Afirma ainda que detém mais de 140 patentes relativas a sistemas holográficos e materiais, assim como equipamentos de fabrico e a capacidade de produzir conteúdos multimédia internamente.

A Reuters teoriza que a Apple introduz nos seus equipamentos tecnologia produzida pelas pequenas empresas que adquire, dando como exemplo o sensor de reconhecimento facial do iPhone X, que poderá ter sido desenvolvido pela startup israelita PrimeSense. A empresa, que foi adquirida pela Apple, foi corresponsável pelo Kinect original em 2013.

A Apple não comentou, como sempre, os planos para a empresa que adquiriu, mas Tim Cook nunca escondeu que a tecnologia de realidade aumentada era uma grande oportunidade comercial. Os planos para o lançamento de um produto em 2020 poderão passar de rumor a confirmação, tendo em conta que até já foram lançadas aplicações de realidade aumentada para os dispositivos iOS, no ano passado.

E não há dúvida que apesar de existirem no mercado diversas soluções de realidade aumentada de inúmeros fabricantes, a presença da Apple poderia dar o “empurrão” necessário para a massificação, da mesma forma que fez com os leitores de música digital (iPod), smartphones (iPhone) e os tablets (iPad).