A Electronic Frontier
Foundation
, uma associação norte-americana de defesa das liberdades
digitais dos cidadãos colocou na passada quarta-feira um anúncio no seu site
oficial onde critica abertamente uma funcionalidade da tecnologia trusted
computing
, utilizada por grandes empresas de software, como a Microsoft, que se
destina, supostamente, a melhor proteger os computadores de ataques, vírus e
outras ameaças externas através de alterações a nível de hardware nos
PCs.

O referido comunicado, de nome "Trusted Computing: Promise and Risk," alega
que devem ser os utilizadores dos PCs a deter controlo sobre as suas
máquinas e não as empresas fabricantes dos mesmas. Por este motivo, a
associação alega que qualquer iniciativa que vá contra este princípio será
rejeitada pela EFF.

Segundo o mesmo comunicado, "a nossa preocupação principal é que a
tecnologia trusted computing esteja a ser especialmente desenhada
para suportar modelos em que o utilizador de um computador equipado com a
mesma é considerado uma ameaça. Estes modelos são uma excepção e não a regra
na história dos computadores e da segurança informática e não são a base da
tecnologia trusted computing.

Registe-se que esta tecnologia, desenvolvida nomeadamente pela Microsoft é
apoiada pela EFF em três dos seus quatro pressupostos. Para a associação o
pomo discórdia prende-se com a quarta funcionalidade possibilitada pela
mesma. Esta, de nome remote attestation, é considerada uma ameaça que
pode "bloquear" os utilizadores em determinadas aplicações, forçando a
mudanças indesejadas de software das mesmas.

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