A utilização da tecnologia aumentada nas áreas da indústria está a avançar e o projeto Digital Enhanced Operator (DEO) pretende trazer "trabalhadores aumentados" à linha de produção da Volkswagen Autoeuropa, desenvolvendo a tecnologia e boas práticas no contexto industrial. O piloto está a arrancar em Palmela e em Maio de 2023 deve etsra em execução, com a possibilidade de avaliar os indicadores da performance dos trabalhadores que estão a usar a tecnologia.
O DEO conta com a parceria do INESC TEC, Skillaugment e Volkswagen AutoEuropa e está a usar o KIT-AR para suportar as operações de produção e controle de qualidade com instruções passo a passo em realidade aumentada, mosytadas através dos óculos especiais, um dispositivo HMD (Head Mounted Display). O projeto começou no terceiro trimestre de 2021.
"Num futuro próximo a Realidade Aumentada vai ter um papel crítico na indústria, permitindo produção mais inteligente e superar os principais desafios, como ajudar os trabalhadores a conduzir suas operações com mais eficiência e segurança. Espera-se também uma melhoria do impacto ambiental através da redução de desperdício e de emissões", explica Helder Vicente, engenheiro de processos na Volkswagen Autoeuropa, citado em comunicado.
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O desenvolvimento, implementação e pesquisa que está a ser feita no DEO está suportada na plataforma KIT-AR e Manuel Oliveira, fundador e CEO da empresa explica que "ao utilizarem o KIT-AR os trabalhadores da Volkswagen Autoeuropa vão sentir-se mais seguros mas também mais confiantes ao desempenhar as suas tarefas, o que vai melhoar os resultados e a resiliência das linhas de produção". O especialista admite ainda que a possibilidade de implementar a tecnologia numa das maiores fábricas em Portugal é um grande passo para o KIT-AR.
"Vamos de facto ver como os trabalhadores vão reagir e interagis com a realidade aumentada e a diferença que isso vai fazer nas suas funções do dia a dia", sublinha Manuel Oliveira
Um dos objetivos do projeto é também desenvolver a investigação científica e formas de integrar as melhores práticas quando se aplica tecnologia de realidade aumentada no contexto industrial. Filipa Ramalho, investigadora no INESC TEC adianta que espera que a tecnologia venha a contribuir para o aumento da produtividade e qualidade, mas também "diminuir o número de erros humanos nas linhas de produção, adaptando os trabalhadores à digitalização do chão de fábrica e fornecendo reforço cognitivo e perconalizado".
"Em termos gerais, os sistemas industriais de realidade aumentada vão identificar o tipo de intervenções necessárias, sintetizar e fornecer informação aos operadores, de acordo com as suas necessidades e quando e onde foram necessárias", explica a investigadora, acrescentando que "o conteúdo é reproduzido através de um sistema de execução que está suportado em modelos baseados no contexto".
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