Pelo quinto ano consecutivo, a PlayStation Portugal realizou mais uma edição dos Prémios PlayStation Talents Portugal. O objetivo foi encontrar o melhor jogo “made in Portugal” que entra para a família PlayStation, garantindo a publicação na PS4, assim como um incentivo à produção de 10.000 euros em dinheiro. À semelhança dos anos anteriores, o vencedor tem ainda um espaço físico nas instalações da empresa durante 10 meses, assim como uma campanha de promoção e marketing nos canais PlayStation avaliado em 50.000 euros.

Procurando inovar a cada edição, Este ano houve duas novas categorias: melhor narrativa que visa os projetos com a melhor história e o Games For Good. Inicialmente havia planos para um prémio especial Dreams, que são projetos desenvolvidos com o poderoso editor do jogo, o mais recente título da Media Molecule. No entanto, este prémio foi expandido para uma gala própria num evento a ser realizado mais próximo da data de lançamento do jogo, previsto para fevereiro.

Na galeria encontre os 10 jogos finalistas, das 50 equipas que participaram nos prémios PlayStation, que vão competir nas categorias Imprensa, Melhor Jogo Infantil, Melhor Arte, Jogo Mais Inovador, Melhor Narrativa, Melhor Utilização das Plataformas PlayStation, Prémio Especial Games For Good e claro, o melhor do ano.

O primeiro prémio foi o da Imprensa, votado pelos jornalistas do meio e foi entregue por João Lopes e Nuno Casaca da Sony Portugal, que anteciparam a informação da realização de uma Game Jam totalmente dedicada ao videojogo Dreams, perto do seu lançamento. O vencedor do prémio Imprensa foi Prism Seekers da Biga Forti. Trata-se de um jogo de plataformas, com dois protagonistas que representam a luz e a sombra, que o Sapo TEK já teve oportunidade de dar a conhecer.

O segundo prémio da gala foi para o Melhor Jogo Infantil, apresentado pelo Dr. Ruy de Carvalho, da Sociedade Portuguesa de Arte-Terapia. O docente destaca a honra de estar “entre portugueses criativos, o melhor do melhor em Portugal”. O papel da instituição é aplicar técnicas de terapias a doentes com distúrbios mentais, nomeadamente o stress, assim como a integração social. O prémio de jogo infantil foi para Controller King da Not A Game Studio, um título rítmico em que dois jogadores partilham o comando DualShock para competir entre si.

Seguiu-se o prémio para a Melhor Arte, entregue por Rogério Ribeiro do Fórum Fantástico. Este prémio foi bastante disputado, dada a qualidade artística e gráfica de alguns dos projetos candidatos. O vencedor da categoria foi Blattaria da Protolith, uma aventura point and click da velha guarda, com gráficos que lembram obras como o Vento nos Salgueiros. O porta-voz do estúdio referiu que o jogo foi imaginado como se fosse um quadro pintado, em que os jogadores jogam na tela.

Para o prémio do Jogo Mais Inovador subiu ao palco Bernardo Gaeiras da Fab Lab Lisboa, local onde foi organizado há cinco anos uma Game Jam onde nasceu o Striker’s Edge, que viria a tornar-se o vencedor da primeira edição dos Prémios PlayStation. O vencedor da categoria foi Chronos da Team Chronos, um jogo de plataformas com elementos de manipulação do tempo.

As histórias são uma componente essencial numa aventura, escritas para agarrar os jogadores do início ao fim. E para o prémio Melhor Narrativa subiu ao palco o argumentista e escritor Filipe Homem Fonseca, que referiu ter sido muito viciado em Mortal Kombat II, curiosamente um jogo que não primava propriamente por uma grande narrativa. O vencedor da categoria foi Little Goody Two Shoes da Astralshift, um RPG que faz homenagem ao estilo nipónico, com uma arte bem ao jeito das animações manga.

Para a Melhor Utilização das Plataformas PlayStation, o prémio foi entregue por Marco Bettencourt, o CEO da Redcatpig, vencedor da edição anterior dos Prémios PlayStation com o videojogo KEO. Entre o agradecimento sobre a “viagem” deste último ano, de todo o apoio e carinho que tem recebido, deixa o spolier ao vencedor: “é uma noite surreal”. O vencedor da categoria foi Prism Seekers da Biga Forti, estúdio que amealhou o segundo prémio da noite.

A categoria Games For Good surge em parceria com a IADE e pretende destacar os jogos que contribuem para o bem da sociedade, ou tecnologias e soluções de gamificação. Bruno Silva, professor da Universidade Europeia – IADE, atribuiu o prémio especial a Back Then da Outriders & RP Studios. O jogo baseia-se nas experiências pessoais dos próprios elementos do estúdio.

Só faltava conhecer o grande vencedor da noite, o prémio mais esperado pelos 10 estúdios presentes. Subiu ao palco Liliana Laporte e Jorge Huguet da PlayStation. “É um grande prazer regressar a casa e ficámos impressionantes com a qualidade dos jogos desta edição”, destaca Liliana, salientando que todos são vencedores. Entre os finalistas do melhor jogo estava Back Then, Chronos, FTW: For the Warp e Prism Seekers.

O grande vencedor dos Prémios PlayStation 2020 é Back Then da Outriders & RP Studios.