As definições do Windows têm evoluído para serem mais acessíveis e transparentes aos utilizadores, de forma a facilitar o acesso às opções que necessita alterar. A caixa de pesquisa e as sugestões dão uma ajuda a encontrar o que necessita, mas o sistema de inteligência artificial do Windows 11, o Copilot, poderá fazer todo o trabalho pelo utilizador, alterando as definições automaticamente, mediante o seu perfil.

A demonstração foi feita pela Dell e é mais um passo de como o Copilot poderá ser bastante útil aos utilizadores, minimizando a necessidade de mudar configurações. Como reporta o Gizmodo, é como se fosse adicionado um pequeno botão do Copilot na barra de tarefas do Windows. Os utilizadores podiam escrever ou mesmo dizer o que pretendem, como por exemplo, acionar os controlos de iluminação do trackpad, em vez de andar a navegar pelos menus do Windows.

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Outro exemplo dado diz respeito a uma simples consulta da versão dos drivers gráficos estão a correr no PC. Mais uma vez, o sistema o Copilot poderá apresentar o resultado da resposta de forma direta. A Dell mostrou ainda como o computador deteta a ligação a uma rede de Wi-Fi pública e automaticamente alterou as definições de segurança, assim como o modo de poupança de bateria.

Imagine que algum programa tem falhas ou congelamentos. Em vez de pedir ao utilizador que envie um ficheiro para reportar o problema, o Copilot pode assumir a situação, experimentando algumas correções, tais como encerrar um browser que esteja em conflito, por exemplo, antes de conduzir o utilizador a outras medidas.

Esta demonstração dá uma indicação de como as fabricantes de computadores planeiam tornar as máquinas mais inteligentes e úteis aos utilizadores. Ainda assim, o utilizador mantém o controlo, uma vez que pode pedir ao Copilot para reverter as mudanças ou pedir que deixe de as fazer automaticamente.

Segundo a publicação, a Microsoft tem uma oportunidade de oferecer acesso a controlos do Windows que nenhum utilizador sabe que existe, sejam definições de performance do computador ou simples otimizações da webcam. Através da IA, o Windows poderá oferecer uma experiência mais automatizada a todos os utilizadores.

De recordar que uma das tendências para este ano são os computadores com um processador de IA dedicado, os NPU (Neural Processing Units). As fabricantes de portáteis já começaram a adotar este chip e alguns modelos foram já anunciados baseados no processador Intel Core Ultra. A Acer já anunciou os modelos Predator Triton e Swift Go 14 equipados com o Core Ultra, assim como a Asus para o seu ZenBook 14 OLED. Mas são mais de 200 computadores previstos para 2024 equipados com este chip, incluindo claro, modelos da Dell, assim como a Dynabook, Gigabyte, HP, Lenovo, LG, Samsung, MSI e Microsoft.

Com estes chips, e como a demonstração da Dell deu a entender, as fabricantes poderão adaptar a utilização da IA mediante as suas necessidades. Por exemplo, em computadores de gaming haver uma concentração de definições dedicadas para melhorar a performance dos jogos. Ou ferramentas que ajudem a melhorar a experiência de produtividade, na realização de videoconferências.

No fundo, e como aponta o Gizmodo, o uso da IA generativa pode tornar-se mais eficaz como uma substituição dos atuais assistentes virtuais como o Alexa, Siri ou Google Assistant. A Microsoft anunciou mesmo que criou uma nova tecla dedicada ao Copilot para os novos teclados de portáteis alimentados por IA.