Apesar de a recolha de dados informáticos ser uma prática frequente nas forças da autoridade, a requisição de informações armazenadas num dispositivo isolado e específico é sempre um caso mediático. Nestes casos, o debate gira em torno da ética por detrás do desbloqueio do aparelho e da abertura de um precedente, que pode servir de argumento a outras práticas menos bem intencionadas.
Desta vez, e ao contrário de outras ocasiões, não é um iPhone ou um Amazon Echo que se encontra no centro da discussão. De acordo com a Forbes, o FBI solicitou à Sony os dados de uma PlayStation 4 pertencente a um suspeito num caso de terrorismo. Segundo a autoridade norte-americana, o homem planeava viajar do Kansas ao Médio Oriente, para lutar em nome de uma organização terrorista.
A Sony acedeu ao pedido, entregando os dados de registo da conta deste utilizador, detalhes dos dispositivos associados, e o registo de atividades na PlayStation Network, como compras e o histórico de mensagens.
A ideia de investigar estes registos surgiu depois de o irmão ter revelado à polícia que o suspeito tinha apagado todas as informações da PS4 recentemente. A consola encontrava-se fechada numa garagem, cuja fechadura tinha sido trocada, e onde o suspeito não deixava ninguém entrar.
A IGN escreve que esta é a primeira vez que a Sony acede a um pedido deste género. Contudo, o juiz que preside ao caso, decidiu que uma conta da PSN não estava sujeito às regras de privacidade que estão delineadas na Quarta Emenda da Constituição dos EUA e que protegem os cidadãos em caso de buscas injustificadas.
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