Começou por ser um veículo modelar e a ideia era que, a partir de um chassis de três rodas, seria possível transformá-lo num descapotável, num comercial de mercadorias ou num convencional motociclo. Desde que foi anunciado no início de 2022, os planos para o TUGA já se alteraram e atualmente estão previstos dois modelos, o Commuter e o desportivo descapotável Thunder.
O SAPO TEK visitou a sede da empresa em Cascais para ver o primeiro protótipo do TUGA e conhecer o cofundador da empresa César Barbosa e o CEO John Hagie, que explicaram a visão da TUGA Innovations para o futuro da mobilidade, que tem como tagline “The Speed of Time”.
“O César é o verdadeiro pai de todo o projeto, é um arquiteto que trabalhou num grande projeto urbano de mobilidade no Brasil e é um entusiasta de carros, com uma coleção de modelos clássicos”, foi assim que o CEO da empresa apresentou o mentor César Barbosa na nossa visita.
Veja fotos do primeiro protótipo do TUGA que está na sede em Cascais:
Na apresentação da equipa composta por quase 20 pessoas, John Hagie destaca a presença de António Câmara e Edmundo Nobre, cofundadores da Ydreams, pela sua grande experiência em tecnologia, que César Barbosa diz conhecer há quase 30 anos: “quer participar neste projeto? Traga os seus 30 ou 40 anos para fazemos qualquer coisa disruptiva”, reforça o cofundador da empresa no convite. E foi também em projetos anteriores que conheceu John Hagie, com uma ligação à HP, que convidou para assumir o cargo de CEO. “Tivemos apenas uma reunião de um outro projeto paralelo e recebi o convite para me juntar à TUGA", disse John Hagie.
César Barbosa destaca a capacidade multidisciplinar do CEO da empresa como essencial para o projeto, na capacidade de colocar o seu conhecimento em funcionamento. No quadro de conselheiros constam ainda nomes como Fernando Pinto, ex-administrador da TAP, o CFO Faizaan Lalani está em Vancouver e Sultan Seborro procura financiamento para o projeto no Médio Oriente.
O líder de engenharia é Samuel Gomez, brasileiro, que vive em Espanha, nas Astúrias, que no passado trabalhou com o Rubens Barrichello na sua equipa de Formula 1, assim como para a General Motors e Volkswagon. Antes de se juntar à equipa trabalhou num projeto europeu de mobilidade elétrica. Outro membro da equipa salientado é Lucas Leonardi, que implementou um programa em Paris chamado “Freedom to Move” e especialista em “Mobility as a service”, que é uma das estratégias da empresa para entrar no mercado.
Como mudar as mentalidades na mobilidade individual?
“Este não é mais um veículo elétrico”, frisa César Barbosa. A empresa começou por projetar soluções para problemas existentes, neste caso, sobre a mobilidade. John Hagie, que vem do sector das Vendas na HP, salienta as diferenças enormes entre vender um hardware de TI e uma solução para TI. “Existe uma diferença entre as conversas que temos, sobre soluções que estamos a procurar, que são muito diferentes de alguém que diga que tem um novo e interessante veículo elétrico”. O líder da empresa diz que as pessoas precisam de produtos, mas precisam mais ainda de soluções para as suas vidas.
A sua tagline “The Speed of Time” está relacionada com as dificuldades nos transportes urbanos e “a quantidade incrível de tempo que as pessoas passam nas filas de trânsito, o tempo perdido e as questões ambientais e de saúde associados, assim como o impacto económico. E apresentamos uma solução para isso que é um veículo que tem um design único e com inspiração em motociclos, que são os únicos capazes de furar as filas de trânsito”, explica o CEO da empresa, reforçando que ambos conduzem motas de três rodas no seu dia-a-dia. Salientam que o tempo perdido em filas de trânsito poderiam ser aproveitadas para fazer muitas outras coisas, como passar mais tempo com a família.
O TUGA tem 88 centímetros, sensivelmente a largura de uma mota, capaz de furar o trânsito. Numa curiosa fotografia mostrada na apresentação, é visto que praticamente todos os automóveis parados têm apenas o condutor a bordo, o que para a empresa é um desperdício. Entre as filas passam um motociclo e claro, um TUGA.
A empresa explica que o veículo é uma parte importante da solução, embora estejam também envolvidos elementos como o software, dados e tecnologia própria. Segundo John Hagie, há uma grande preocupação em construir uma grande marca, com uma imagem forte de comunicação. Mas porquê o nome TUGA para o projeto e como este foi recebido além-fronteiras? “Lá fora é visto como um grande nome”, disse César Barbosa, acrescentando que o som da palavra é forte, “mas também porque é o selo da nacionalidade”, salientando o berço do veículo em Portugal. O fundador da empresa reforça que o TUGA não é um carro, “para isso teria de ter quatro rodas e apenas tem três”.
Um segredo confidenciado por César Barbosa ao SAPO TEK é que TUGA significa também “Transporte Urbano de Grande Autonomia”. Quando registou o nome, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) não deixou registar o nome exatamente pela conotação nacional portuguesa. “Falei com os advogados, porque queria o nome TUGA para o nosso veículo, e perguntei se metesse pontos, como se fossem iniciais e assim foi permitido”. E assim nasceu a marca TUGA para o veículo português. O logotipo foi criado pelo diretor criativo de Riddley Scott Media Group, “o John Filipe, que por acaso é português”.
Elegância e sustentabilidade em serviços de mobilidade
Um dos esclarecimentos feitos durante a nossa visita é que a empresa não está interessada em explorar e competir no "mercado de massas", onde estão os veículos Fiat Panda, um smartphone ou smartwatch de entrada de gama. E também não lhe interessa o mercado premium da BMW Series 3 ou um relógio de gama média alta. A empresa quer situar o TUGA Commuter entre os produtos Deluxe, como o Jaguar ou um Rolex, com os seus serviços. Subindo mais um andar na pirâmide situa-se o TUGA Thunder, num serviço de subscrição, ao lado de produtos da Chanel, Aston Martin ou Porsche. E na ponta da pirâmide é que entram então as vendas do TUGA, no terreno dos exclusivos, onde estão o Lamborghini Veneno, um Bugatti LA Voiture Noire ou uma Harley-Davidson Blue Edition.
Para explicar esta pirâmide, a prioridade da TUGA não é vender unidades. As vendas dos exclusivos serão para clientes que querem os seus veículos altamente personalizados. Servem sobretudo para ajudar a promover a marca, estando enquadrados no preço em torno dos 60 mil euros. O principal objetivo é que os utilizadores adiram aos serviços de mobilidade de luxo oferecidos pelo TUGA Commuter ou assinem a subscrição com o Thunder, que ainda não têm preço.
O serviço de subscrição funciona como uma espécie de renting, juntamente com os upgrades que a empresa está a preparar: os utilizadores pagam uma mensalidade e têm o TUGA Thunder na sua garagem para utilizarem à vontade. Onde a empresa pretende se diferenciar é que se tiverem de se deslocar a outra cidade ou mesmo país, terem a certeza de que têm um TUGA à disposição para utilizar, sem ter de levar o “seu”.
Para tal pretende licenciar um sistema de franchising e criar uma rede cada vez mais alargada na alocação dos veículos. A empresa quer incluir no serviço o sistema de valet, em que alguém vai ao encontro do cliente para lhe entregar o veículo. “É como uma espécie de clube”, na visão de César Barbosa daquilo que pretende para os seus serviços.
Serviços que a empresa chama de “Elegância sustentável”, para um público que aprecia inovação e sustentabilidade. A TUGA Innovations afirma que não existem muitos produtos do género neste segmento de luxo e é por isso que a sua imagem é muito clara. E não tem problemas em afirmar que o seu produto será caro quando chegar ao mercado. “Se queres fazer bem e fazer algo robusto, estruturado e tecnologia de topo, etc. e se o queres fazer barato, morres”, disse César Barbosa. Isso colocaria a empresa a competir com os automóveis elétricos chineses ou indianos. “É produção em série, lucros baixos e uma grande luta. É mais fácil ires para a ponte sobre o Tejo e mergulhares”, acrescenta com humor.
Mesmo o seu serviço de mobilidade pretende elevar a qualidade, oferecendo uma proposta de transporte como um Uber ou Bolt, mas numa segmentação de luxo, que a empresa compara à alemã BlackLane. Um serviço de chauffeur, onde o motorista apenas transporta um passageiro atrás. Se olharmos para os veículos de TVDE a circular nas estradas, uma grande percentagem transporta apenas uma pessoa. É aqui que a TUGA pretende se diferenciar. “A Uber trabalha para as massas, nós pretendemos oferecer algo mais exclusivo”, disse César Barbosa. A comparação, ainda que pequena, que a empresa pode fazer sobre a sua visão dos serviços que propõe é o transporte de passageiros em motas nas ruas de Paris.
Veja na galeria algumas imagens conceptuais dos vários modelos propostos inicialmente:
A empresa salientou uma conversação preliminar com a Câmara de Oeiras, município que tem procurado manter-se na vanguarda tecnológica a nível nacional. E poderá haver um programa-piloto do serviço na cidade no futuro. Não é o objetivo da TUGA Innovations estar presente nos municípios nacionais, a competir com outros sistemas de mobilidade, por não ser o seu público-alvo. “Se o mayor de Nova Iorque nos ligar, obviamente vamos lá”, diz César Barbosa. “Anteriormente enviámos uma solicitação à Câmara de Lisboa e nem recebemos resposta. Mas se virem o sistema implementado em Oeiras talvez venham a ficar interessados” reforça John Hagie.
A empresa ainda não tem preços para a oferta de subscrição ou de mobilidade definidos. John Hagie diz que vão olhar para modelos de serviços de subscrição como o da Porsche e oferecer 30% a menos que esse valor por uma oferta semelhante. Na mobilidade deverá estar dentro dos valores de um Uber Black ou BlackLane, esperando estar em paridade com esses serviços.
Software integrado com as Smart Cities
Do lado do software, a empresa oferece uma aplicação de realidade aumentada para iOS e Android, que para já ajuda na promoção do veículo e ter mais informações sobre o mesmo. Os modelos disponíveis podem ser projetados em cima de uma mesa da sala para observar as suas funcionalidades. A empresa também quer usar a aplicação como ferramenta social, desafiando os utilizadores a mostrar o TUGA na cidade e outras iniciativas.
A empresa pretende que o TUGA seja integrado nas redes de trocas de dados das Smart Cities. O veículo vai recolher dados durante a sua circulação e transmiti-las às autoridades locais, caso as desejem, nomeadamente a qualidade do ar.
“Temos uma interface de IA para o passageiro e condutor. Os nossos serviços vão ter a plataforma e a app. Se tivermos numa cidade podemos usar a app TUGA e pedir um transporte”, explica o CEO da empresa. O condutor vai ter acesso a informações sobre o trânsito, obras na estrada, condições de estacionamento, horários relativos aos sistemas de transporte, as estações de carregamento, além de informações do veículo e outros dados personalizados. Já o condutor pode aceder a informações sobre a qualidade do ar, tanto no interior do veículo como no exterior. Vai ter ainda conteúdos gerados por IA, assim como entretenimento, promoções de compras e dados personalizados. Para as empresas que tenham uma frota de veículos TUGA também terão acesso a informações que tornam mais fácil a sua gestão.
A aplicação vai também abrir diversas interações com o próprio veículo, segundo foi explicado ao SAPO TEK. Por exemplo, basta deslizar o volante para cima e baixo no cockpit virtual da app para que isso se reflita no veículo, que neste caso ajuda o condutor a sentar-se confortavelmente. Funcionalidades que já estão a ser introduzidas no segundo protótipo que está a ser finalizado.
Olhando para o futuro, não muito distante, o TUGA quer ser o companheiro da mobilidade urbana aérea. O veículo que vai estar à espera do passageiro que acabou de aterrar de um eVTOL, para o transportar rapidamente para o destino final. Graças aos conhecimentos de Fernando Pinto, a TUGA Innovation tem um acordo com a Eve Air Mobility, uma subsidiária da brasileira Embraer, para criar uma experiência aos clientes dos serviços de eVTOL. “Ninguém investe numa viagem rápida em eVTOL para depois ficar preso no trânsito até ao destino, não faz sentido”, disse John Hagie.
Inicialmente não vai oferecer condução remota, embora possa ser possível aos condutores estacionarem o veículo a partir do smartphone, a partir do exterior, como se fosse um carro telecomandado. A empresa espera implementar este sistema já no próximo protótipo. De salientar que as dimensões do TUGA respeitam os motociclos, o que significa que conseguirá estacionar cinco veículos no espaço de um automóvel convencional. O veículo é muito leve, construído em fibra de carbono, sendo possível estacioná-lo à mão como uma mota.
O objetivo da empresa foi procurar criar um veículo para alimentar uma visão de serviços de mobilidade que saia do espectro dos motociclos e automóveis já existentes no mercado.
TUGA V2 está a ser finalizado, prometendo foco na segurança e privacidade
O protótipo estacionado na sua sede em Cascais vai fazer em dezembro dois anos e foi desenhado para transportar as pessoas dos locais dormitórios para o centro das respetivas cidades. O TUGA pode ser usado em autoestrada e atinge 140 km/h. E foi criado para a utilização em qualquer idade, dos 18 aos 88 anos, refere o líder da empresa, que tenham carta de condução.
O veículo não inclina e tem um eixo traseiro retrátil, assente num chassis expansivo. E com isso promete ser estreito como uma mota, mas fechado e seguro como um carro. Tem 88 centímetros de largura e 2,45 metros de cumprimento, ligeiramente superiores a uma mota. E com a vantagem de ter espaço de carga, sistema de purificador do ar no interior, integração de drone, além de divertido de conduzir e fácil estacionar, afirma a empresa.
Olhando para o próximo protótipo, o V2, o modelo Thunder permite tirar o capot e o para-brisas para se transformar num descapotável. A empresa espera lançar o veículo inicialmente no Dubai e no Médio Oriente. De forma a segmentar a marca, foi decidido eliminar a proposta inicial das versões de transporte de carga, por não se encaixar na visão atual dos serviços. Ainda assim, não estão fechadas portas no futuro para a eventual oferta, se surgirem os investidores interessados. E se isso acontecer até poderá ser uma submarca diferente do TUGA.
O veículo não tem portas, para entrar no interior, o seu chassis abre e fecha 65 centímetros para que o passageiro e o condutor assumam os seus lugares e é uma das 19 Patentes que o TUGA Innovations registou. A cúpula do veículo inclina, semelhante ao cockpit de um avião. Um mecanismo que a César Barbosa diz que o trabalho de engenharia já está feito para o próximo protótipo. E o design pretende manter o veículo seguro com três rollbars colocadas na estrutura do TUGA. “É uma cápsula de segurança. É pequeno, mas muito seguro”.
César Barbosa refere que ainda não entrou mais rapidamente em produção para que haja maturação e afinação do projeto. “Quando se corre para a produção comete-se diversos erros, que se tenta depois corrigir, mas que não se consegue”, destaca. Explica que no Japão existe uma cultura em que “se coloca o cérebro no projeto” e dá como exemplo um hospital, que no país poderá demorar cinco anos a construir e três deles é para fazer o projeto, sendo os restantes dois para a construção. “Aqui seria um ano para o projeto e quatro anos para o construir”. Para si, é mais fácil corrigir um projeto do que uma estrutura.
Um aspeto explicado na visão da empresa diz respeito à privacidade dos clientes que escolhem o serviço de mobilidade TUGA. Apesar das dimensões reduzidas do veículo, César Barbosa afirma que passageiro e condutor estão separados por uma divisão fixa, o que confere total privacidade ao cliente, esteja a trabalhar ou a fechar um negócio ao telefone. Os próprios vidros traseiros são escurecidos, para dificultar qualquer espreitadela para o interior. A comunicação é feita através do premir de um botão, abrindo a comunicação entre as duas partes da cabine. “Até o ar que respiram é diferente, sendo possível controlar a temperatura do ar condicionado entre o condutor e passageiro”.
O veículo terá tecnologia para analisar a qualidade do ar tanto no interior do veículo, como no exterior. Isso foi possível com a parceria com uma empresa que tem experiência em purificar o ar em quartos de hospital.
A procura de oferecer um modelo disruptivo no mercado, tecnologicamente avançado, seguro e com foco na privacidade são fatores que levam a empresa a colocar o preço de veículo no estatuto de premium, bem acima dos 50 mil dólares. E apesar de comparar o preço a uma Harley Davidson de topo, César Barbosa afirma que “eles não têm nada do que estamos a oferecer”. No entanto, como referido anteriormente, a venda dos veículos será personalizada e feita à mão para os clientes dispostos a pagar o seu preço.
Não será um veículo disponível no concessionário para comprar, cada cliente irá fazer a sua versão com a empresa. Vão estar disponíveis edições especiais limitadas relativas a temas gerais. O veículo será a base do negócio de serviços que a TUGA Innovations pretende explorar, embora um cliente satisfeito com a experiência que teve, poderá dar o passo seguinte e adquirir um modelo personalizado.
De salientar que a TUGA Innovations está inserida num consórcio juntamente com duas outras empresas. A Vangest S.A na Marinha Grande, foi responsável pelo fabrico do primeiro protótipo; e a Optimal Structural Solutions, empresa situada em Alcabideche, próximo do autódromo do Estoril, cedeu o espaço para a TUGA abrir a sua sede. Esta empresa cria estruturas avançadas muito leves para veículos de luxo, Fórmula 1 e náutica e está também a desenvolver para o TUGA.
O TUGA V2 tem uma carroçaria com um design para caberem duas pessoas no interior até 1,90 m. A ergonomia foi uma das novas preocupações para este segundo modelo, uma vez que no primeiro o objetivo foi testar o conceito do veículo, validar a largura do eixo traseiro de 1,28 a 0,88 metros. “Até 0,88 metros é perfeito na agilidade do veículo, a partir daí cada centímetro passa a valer um metro”, disse o mentor do projeto. E sem agilidade não existe mobilidade.
O primeiro veículo teve diversas adaptações para estar pronto a tempo de mostrar aos investidores. A zona do posicionamento dos pés, por exemplo, recebeu diversas “gerigonças” para ajudar a cobertura a fechar. O segundo protótipo não só cresceu 17 cm face ao primeiro, como ainda viu o seu eixo traseiro encolher, com as rodas menos salientes na carroçaria. Mesmo o volante de motociclo da primeira versão foi apenas para testar, uma vez que o segundo será bem mais sofisticado.
Todo o conceito geral está presente na primeira versão do protótipo, mas falta-lhe os elementos patenteados, como a plataforma retrátil do chassis e os atuadores, que permitem esticar o veículo. E tudo isso já está pronto para o V2: “Já temos cerca de 70% das peças todas do segundo veículo, que já é muito próximo daquilo que queremos para a produção”, disse César Barbosa.
No entanto, frisa que está a seguir toda a homologação dos Estados Unidos e não da Europeia. Essa decisão prendeu-se com o estudo de mercado feito inicialmente, em que a Europa apareceu em cerca de sexto lugar (Londres) como alvo do seu produto. Os Estados Unidos, Médio Oriente, Índia, Brasil e China foram os mercados mais destacados. “Lisboa nem aparece no estudo”.
Na conclusão da apresentação, o TUGA é um veículo bem português, começando pelo seu nome, que pretende ser um embaixador tecnológico no estrangeiro, em mercados que realmente pedem inovação nos serviços de mobilidade. Não está interessado em disputar mercado com os comuns automóveis elétricos que estão cada vez mais enraizados nas estradas. E nem quer discutir com a Uber os serviços de mobilidade comum. A fasquia está elevada para uma oferta individual, personalizada, sobretudo com muito luxo. Charme não falta ao primeiro veículo, mesmo ainda longe da visão tecnológica que a equipa de César Barbosa pretende, mas o V2 que estará pronto em 2024 poderá fazer toda a diferença, se tudo o que estiver no papel for transposto para a realidade.
Nota da Redação: Foi feita uma correção no 5º parágrafo
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