Um grupo de empresas na área da tecnologia juntou-se em consórcio para acelerar o desenvolvimento de standards de interoperabilidade para computação em grelha. Da estrutura, anunciada ontem, fazem parte nomes como a EMC, Fujitsu Siemens, Sun, Intel, Oracle, HP, Siemens e várias outras empresas num total de dezanove entidades. Fora do consórcio estão nomes como a IBM ou a Microsoft o que poderá comprometer o sucesso da iniciativa, consideram alguns especialistas.
Se estas duas companhias optarem por seguir noutra direcção é difícil acreditar que a Enterprise Grid Alliance (EGA) ganhe peso significativo, considera um analista da International Data Corporation (IDC), citado pela Techweb.
Por parte da Microsoft não há qualquer comentário público relativamente ao interesse em vir a participar na iniciativa, enquanto a IBM fez saber que está a analisar o assunto sem ter para já uma decisão tomada. Recorde-se que a Big Blue tem investido fortemente nesta área, pelo que a confirmar-se a sua não adesão será uma ausência de peso que compromete a representatividade do consórcio e o seu peso na indústria.
A EGA tem como objectivo desenvolver testes de compatibilidade entre os produtos desenvolvidos pelas empresas reunidas em consórcio, tendo em conta as várias especificações utilizadas por cada marca e as necessidades de computação em grelha do mercado empresarial.
A computação em grelha, para permitir a partilha de recursos de processamento através da rede, recorre a vários tipos de tecnologia proveniente de múltiplos fabricantes, envolvendo sistemas operativos, software de gestão de rede e um conjunto vasto de aplicações, a trabalhar em sintonia. O grid computing teve início como uma forma de partilha de dados em redes educativas, mas tem evoluido progressivamente para soluções comerciais, sendo considerada uma das grandes tendências da computação para os próximos anos.
A nova organização, que é presidida por um Donald Deutsch, vice-presidente da Oracle, que garante haver total abertura para aceitar novos membros numa política de neutralidade, face a cada marca. O trabalho dos membros será orientado a partir de cinco grupos distintos que se responsabilizarão por trabalhar cada uma das componentes da computação em grelha, onde se incluem modelos de referência, segurança, métricas e cálculos.
A aliança agora anunciada resulta de uma sugestão feita pela Oracle em Setembro do ano passado, entretanto acolhida pelas empresas que agora aderiram à iniciativa. À frente da organização está o vice-presidente da Oracle, acompanhado por membros da EMC, Fujitsu Siemens, HP, Intel, NEC, Network Appliance, Oracle e Sun Microsystems.
Os responsáveis deixam claro que não é intenção da ESA competir com outras organizações semelhantes, como o Global Grid Forum ou a Distributed Management Task Force, e que é seu objectivo trabalhar em conjunto com estas entidades, se possível.
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