Durante esta quarta-feira, dia 12 de agosto, foi testado em Espinho um projeto-piloto que visa prestar socorro a vítimas de paragem cardiorrespiratória, através de um drone. O novo programa deverá começar na época balnear de 2021 e será operado entre a Câmara Municipal de Espinho e uma empresa privada. O projeto é fruto do consórcio entre as empresas Ocean Medical, HP Drones e Inovcorp, aliado ao movimento "Salvar Mais Vidas".
Segundo avança o Observador, o programa CardioDrone centra-se numa aplicação para smartphones que aciona um drone em situações de emergência, transportando automaticamente para o local da ocorrência um desfibrilhador automático externo (DAE). Segundo é referido, através da tecnologia é possível obter um tempo de resposta mais rápido, em cerca de sete minutos, oferecendo assim uma maior margem para as operações de reanimação das vítimas.
Durante os testes, que decorreram na praia de Paramos, um nadador-salvador ativou o drone através do smartphone, que se encontrava na praia de Silvade, a três quilómetros da nova emergência. O aparelho terá percorrido a distância a cerca de 100 km/h, demorando cerca de três minutos após levantar voo a chegar ao local onde era necessário. No local, e a 20 metros de altura, fez chegar ao socorrista a mala com o equipamento médico, através de um cabo de aço, sem a necessidade de aterrar.
Além da chamada do drone, a emergência ativada pelo smartphone emite também um sinal ao 112, para ativar os meios de socorro. Na simulação chegaram dois bombeiros, um em mota de água, outro em moto-4 pelo areal.
Segundo é avançado, o serviço poderá ser disponibilizado às autarquias por cerca de 600-700 euros por mês, por cada drone utilizado. É destacado a rapidez da ação do suporte à vítima, considerando que a paragem cardiorrespiratória súbita é uma das principais causas de morte em Portugal fora do meio hospitalar, em cerca de 10 mil óbitos/ano.
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