Foram anunciadas novas medidas de embargo que proíbem as empresas dos Estados Unidos de vender tecnologia ligada aos semicondutores para a China. Cerca de 140 empresas foram visadas nas novas medidas, requerendo agora autorizações especiais para vender equipamentos que permitem a construção de chips a fabricantes chinesas, avança a Reuters.
Há um novo controlo no equipamento para fabricar semicondutores, incluindo a produção de circuitos integrados avançados, ferramentas de gravação, deposição, litografia, implantação iónica, metrologia, inspeção e limpeza dos componentes. As medidas afetam empresas como a Naura Technology que produz equipamento para a produção de chips, e outras como a Lam Research, KLA Corp e a Applied Materials. Outras empresas fora dos Estados Unidos são igualmente afetadas pelas medidas, tais como a ASM International, dos Países Baixos.
Além dos equipamentos, as medidas apontam também às ferramentas de software para produzir circuitos integrados avançados. Estão incluídas medidas contra o software que aumenta a produtividade das máquinas avançadas ou menos avançadas de produzir chips. A Mentor Graphics, empresa da família da Siemens será afetada com as medidas.
A tecnologia de memória de banda larga utilizada em chips de inteligência artificial que correspondam ao que é conhecido como HBM 2 ou mais avançado está também restringida. As fabricantes sul-coreanas Samsung e SK Hynix são afetadas, assim como a Micron Technology, dos Estados Unidos. No caso da Samsung, a empresa exporta cerca de 20% da tecnologia HBN para a China. Estas memórias são críticas tanto para o treino de IA, como são uma componente-chave nos circuitos integrados de computação avançada.
A Shenzhen Pensun Technology Co (que colabora com a Huawei), assim como as principais fabricantes chinesas de ferramentas para chips, como a Piotech, a ACM Research e a SiCarrier Technology, foram também afetadas.
As medidas afetam empresas dos Estados Unidos, Japão e Países Baixos restringindo exportações de equipamentos para produzir chips fabricados em outras partes do mundo para certas fábricas da China. Equipamentos fabricados em Israel, Malásia, Singapura, Coreia do Sul e Taiwan estão sujeitos a estas regras. A regra vai permitir aos Estados Unidos regular qualquer equipamento enviado para a China que continha chips do país. No entanto, o Japão e Países Baixos ficam isentos das restrições, que juntamente com os Estados Unidos, dominam a produção de equipamento avançado no fabrico de chips, terão liberdade para estabelecer as suas normas próprias.
A China já reagiu às medidas através do Ministério do Comércio, que acusou Washington de “alargar a jurisdição de longo alcance para interferir no comércio entre a China e países terceiros”, classificando como prática contra o mercado, aponta a Lusa. "Os Estados Unidos dizem uma coisa e fazem outra, ao banalizar constantemente o conceito de segurança nacional, abusar das medidas de controlo das exportações e praticar uma perseguição unilateral”, aponta o ministério chinês.
A secretária do Comércio norte-americana, Gina Raimondo, também apontou as medidas como os controlos mais rigorosos que os Estados Unidos implementaram para degradar a capacidade da China de fabricar chips avançados utilizados na modernização militar do país.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
The Spectrum: nova versão moderna replica design do microcomputador original -
App do dia
Um RPG de aventura com design retro no conhecido universo da Disney para smartphones -
Site do dia
Deixe o Choosy Chat escolher a melhor resposta entre o ChatGPT, Gemini e Claude -
How to TEK
Torne o smartphone Android mais inteligente trocando o Google Assistant pelo Gemini
Comentários