O Digitimes avança esta terça-feira que o Facebook deverá ter destacado um grupo de trabalho que está agora encarregado de desenvolver uma coluna de assistência doméstica com inteligência artificial para competir com as atuais estrelas do mercado: Google e Amazon. O portal adianta que o aparelho deverá integrar um display sensível ao toque de 15 polegadas, semelhante ao recente Echo Show. Chamada a comentar o rumor, a rede social disse não ter quaisquer informações para partilhar.

Apesar de ter já uma inteligência artificial no Messenger conhecida por M., o Facebook não tem qualquer assistente virtual anunciada. O salto mais lógico seria adaptar este software às exigências de uma plataforma que se opera maioritariamente por comandos de voz.

Recorde-se que a empresa de Mark Zuckerberg não conta com um histórico muito positivo no sector do hardware. Anteriormente, o Facebook já tinha apostado no lançamento de um smartphone, o HTC First, mas foi obrigado a retirá-lo do mercado um mês depois devido ao volume muito reduzido de vendas.

tek htc first
tek htc first

O The Verge sublinha que uma das justificações para o insucesso deste e de futuros produtos da empresa pode residir na falta de confiança que os utilizadores sentem pela rede social. Embora conte já com 2 mil milhões de utilizadores, 28% dos inquiridos num estudo feito pelo Huffington Post revelaram não confiar "de todo" os seus dados pessoais ao Facebook. 34% disse "não ter muita confiança" na marca e 32% afirmou confiar "um pouco".

Em 2013, o BuzzFeed adiantou, também com base num inquérito, que 61% dos norte-americanos não confiava nada no Facebook.

A ideia de uma coluna de assistência doméstica não seria, no entanto, descabida, uma vez que a rede social é um dos sites mais utilizados pelos internautas e serve como ponto de interação entre milhões de pessoas em todo o mundo. Articular as funcionalidades e as informações presentes no feed de notícias de cada um, com uma assistente virtual, poderá ser útil para alguns dos utilizadores - especialmente para aqueles que ainda precisam de ser lembrados dos aniversários da família e dos amigos - mas assustador para outros, pelo risco inerente de ver uma coisa publicada no seu mural por acidente.