O projeto europeu PANDORA (Cyber Defence Platform For Real-Time Threat Hunting, Incident Response and Information Sharing) pretende contribuir para reforçar a capacidade de defesa cibernética da União Europeia através do desenvolvimento de uma ferramenta aberta, disponível para todos os países-membros. A iniciativa é financiada pela Comissão Europeia através do EDIDP (European Industrial Development Programme) e tem uma dotação orçamental de 7 milhões de euros.
O sistema será testado em dois cenários diferentes, na área da segurança naval militar e segurança de rede de sensores militares. A ferramenta vai ser instalada num navio de guerra, um alvo muito vulnerável a ciberataques, já que faz uso de muitas tecnologias e sistemas de informação, onde serão testados os sistemas de combate.
Para avaliar o seu impacto nas redes de sensores militares, a PANDORA vai ser testada nos sensores de comunicações wireless utilizados em armas, munições, veículos, robôs, entre outros, que comunicam informação sensível sobre a localização de infraestruturas e equipamentos militares.
“Prevemos que este projeto dê uma contribuição decisiva para o desenvolvimento das capacidades de resiliência cibernética da UE”, afirma António Pinto, que faz parte da equipa portuguesa que integra o projeto. Os responsáveis pelo consórcio explicam que o facto do sistema ser aberto e integrado permitirá melhorar os recursos de deteção e reação, promovendo a partilha de ameaças cibernéticas no domínio da defesa, complementando as soluções de segurança tradicionais já existentes em cada país.
Estão envolvidos no projeto 15 parceiros, de 7 países, e em Portugal são o INESC TEC, o Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Academia Militar (CINAMIL) e o GMVIS Skysoft que fazem parte da iniciativa. O consórcio inclui ainda: Space Hellas (o líder, da Grécia), Infili Technologies PC (Grécia), Orion Innovations PC, UBITECH – Ubiquitous Solutions (Grécia), HMEI Zrt. (Hungria), Cyber Services Zrt. (Hungria), Centre Tecnològic de Telecomunicacions de Catalunya (Espanha), Austrian Institute of Technology (Áustria), GATE WATCHER (França), Naval Group (França) e NVISO – (Bélgica).
António Pinto, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico do Porto, adianta ainda que “esta solução utiliza técnicas de inteligência artificial e processamento automático para detetar em tempo real um ataque informático. Ao mesmo tempo que sinaliza o ataque, procura saber mais sobre a sua origem, para fazer uma caracterização e partilhá-lo com outros países para que estes se possam proteger”.
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