Os Estados Unidos limitaram a venda de software de inteligência artificial produzido internamente a países estrangeiros. De acordo com a decisão publicada pelo Bureau of Industry and Security, as empresas que queiram exportar determinados programas com IA necessitam agora de uma licença aprovada pelo Governo.
A medida, a cargo do Departamento de Comércio dos Estados Unidos, faz parte da lei conhecida como Export Control Act (ECRA). O regulamento que entrou em vigor em 2018 tem como objetivo evitar que a tecnologia norte-americana caia, por exemplo, nas mãos da China, pondo em risco a segurança do país.
A nova restrição recaí sobre todo o software de IA com interface gráfica que utilize redes neuronais para avaliar imagens de satélite e que permitam a utilizadores identificar objetos como veículos ou casas. Para já, as empresas que desenvolvem este tipo de programa só não necessitarão de uma licença de exportação no caso da venda para o Canadá.
Num dos mais recentes capítulos da saga da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, o Executivo de Donald Trump adicionou, em outubro de 2019, mais 28 empresas chinesas à “lista negra”, incluindo algumas entidades na área da IA. Entre as visadas encontram-se a IA SenseTime e a Megvii Technology Ltd., ambas ligadas à Alibaba, assim como a Yitu Technologies.
A justificação por trás da decisão relacionou-se com o papel das organizações na "implementação da campanha de repressão da China, detenção arbitrária em massa e vigilância de alta tecnologia contra uigures, cazaques" e outros membros de grupos minoritários muçulmanos na província de Xinjiang.
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