Apresentado em março, o veículo autónomo de trabalho (AWV na sigla inglesa) da Honda continua a ser testado em diferentes cenários logísticos. A fabricante destaca a sua capacidade de superar desafios como a falta de mão-de-obra, aumentar a segurança dos funcionários em cenários mais perigosos, mas ao mesmo tempo tem emissões reduzidas pelo que a sua adoção pelas empresas pode significar várias vantagens. A realização de tarefas repetitivas e ajudar a aumentar a produtividade das equipas.

A sua próxima missão é ajudar as operações nos aeroportos ou aeródromos. É mais um "use case" que a Honda pretende inserir no currículo do AWV, tendo como objetivo o início da sua comercialização, cinco anos após ter sido apresentado o primeiro modelo conceptual desta linha na CES de 2018.

Veja na galeria imagens do Honda AWV:

A GTAA, entidade reguladora dos aeroportos de Toronto, é a nova parceira da Honda para testar o veículo, que vai ser usado no Aeroporto Internacional Pearson de Toronto. Algumas das funcionalidades passam por “passear” pelo espaço do aeroporto, usando as suas câmaras e um sistema de IA para verificar e reportar buracos ou outros defeitos nas redes, assim como eventuais intrusões.

Outras utilidades que o Honda AWV pode ter neste cenário é, obviamente, o transporte de malas e bagagem, dar boleia a pessoas mais necessitadas, assim como verificar o estado das pistas e se necessário limpar qualquer elemento que possa comprometer descolagens e aterragens.

O veículo pode ser programado para se deslocar autonomamente ou manualmente através de controlo remoto. Sendo todo-o-terreno, este pode chegar a pontos onde outros veículos tenham maior dificuldade de circular. A Honda diz que continua a desenvolver acessórios e ferramentas para alargar o lote de opções de trabalho desta plataforma, em diferentes cenários.

Veja o vídeo do Honda AWV em andamento:

modelo tem uma capacidade de carga de cerca de 900 quilos, com espaço para duas paletes do tamanho de uma cama convencional. O seu sistema de navegação baseia-se no GNSS, suportado por sensores LiDAR, que a marca diz ter melhorado em locais onde o sinal é fraco ou inexistente. Os sensores evitam colisões contra obstáculos ou outros veículos na via, recorrendo a localização por GPS, radar LiDAR e câmaras de visão.

Tem uma interface para ser utilizado num tablet que diz ser simples de utilizar, suportado por conetividade em cloud. A fabricante destaca ainda que a bateria do tem uma autonomia para até 10 horas. O Honda AWV pode circular a uma velocidade mais rápida que os anteriores modelos, no máximo de 16 km/h.