A Hewlett-Packard anunciou ontem durante o Infoworld CTO Forum, em São Francisco, que pretende disponibilizar a arquitectura Utility Data Center (UDC) de forma a alargar a computação em grelha à utilização comercial, mediante a combinação com software de segurança e ferramentas de administração de sistemas.
O objectivo desta segunda fase da UDC consiste em tornar esta tecnologia mais segura e flexível. A grelha - nome que designa a rede mundial que recorre à Internet para construir infra-estruturas distribuídas de computação - tem vindo a ser utilizada principalmente para aplicações científicas e técnicas.
Ao ligar o UDC da HP à grelha, esta empresa pretende acelerar a adopção de tecnologias de grelha mediante a disponibilização de ambientes informáticos técnicos e comerciais com maior segurança e flexibilidade. O HP UDC segmenta o poder informático acessível em níveis variados de segurança e permite a alocação de recursos sem comprometer essa protecção.
Esta decisão é divulgada numa altura em que a IBM, a Compaq e a Sun desenvolvem, em separado, projectos semelhantes concebidos para tirar partido dos recursos de data centers distribuídos.
Mas enquanto a IBM está a apostar num modelo alojado de computação em grelha, a HP prepara-se para lançar uma plataforma de software concebida para oferecer às companhias a capacidade de criar um datacenter que corresponda às suas necessidades de negócio.
O programa de administração Utility Controller liga um datacenter num único sistema que pode dinamicamente realocar os recursos e contém um conjunto de APIs (Application Program Interfaces) concebido para ir de encontro às especificações de padrões de grelha de grupos industriais como o Grid Forum. O sistema da HP também suporta hardware de vários fabricantes e diversos sistemas operativos.
Alguns analistas referem que se a visão da computação em grelha se tornar realidade, as empresas poderão administrar qualquer componente de hardware, como o disco rígido e processadores, constituindo assim uma espécie de supercomputador virtual.
Por sua parte, a IBM já estabeleceu um negócio com a American Express de forma a disponibilizar acesso utilitário a recursos informáticos. Efectivo desde 1 de Março e representando um montante de quatro mil milhões de dólares (4,54 mil milhões de euros) para a IBM, prevê-se que este acordo ofereça ganhos significativos de desempenho e uma grande redução de custos para a empresa de cartões de crédito.
Também a Compaq anunciou recentemente a sua iniciativa de infra-estrutura adaptativa, concebida para disponibilizar a capacidade de realocar recursos dos sistemas.
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