Desde que o KidSmart foi lançado em Portugal, em 2003, muito mudou no país, mas nem por isso a IBM está menos empenhada em apoiar crianças e educadores a explorarem e a tirarem maior proveito das novas tecnologias. O programa acaba de entrar na sua 10ª edição, assinalada com a doação de 52 quiosques informáticos, com software ludo-educativo integrado.

Segundo o protocolo que formaliza o acordo, assinado esta quarta-feira entre a multinacional norte-americana e o Ministério da Educação e Ciência, as estações de trabalho serão distribuídas por 51 jardins de infância, das regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo.

O projeto original foi criado em 1998, nos Estados Unidos, com o objetivo de aproximar e facilitar o acesso de crianças em idade pré-escolar (dos três aos seis anos) às novas tecnologias em contexto pedagógico, tornando o computador parte integrante do ambiente escolar e do programa educativo desde a primeira fase.

Desde que arrancou em Portugal
já foram doadas 502 estações de aprendizagem, abrangendo mais de 9.000 crianças em 420 jardins de infância de todo o país.

"Iniciámos o programa com foco em grupos socialmente desfavorecidos ou de
áreas geográficas com acesso reduzido às novas tecnologias, e, entretanto,
chegámos a todos os distritos de Portugal Continental", referiu ao TeK António Raposo de Lima, presidente da IBM Portugal.

Os quiosques KidSmart têm por base um centro de aprendizagem, ou "estação de
trabalho", composto por um módulo integrador colorido fabricado pela Little
Tikes, e complementado por uma solução composta por um computador e
software educativo desenvolvido pela Edmark, com vista à aprendizagem e exploração de conceitos diretamente relacionados com Matemática, Ciência e Línguas.

O projeto da IBM contempla ainda sessões de formação para os educadores e um processo de avaliação ao próprio programa. Estas duas últimas componentes permitem melhorar o
trabalho a desenvolver com as crianças, bem como o método de implementação
do KidSmart no terreno, defende a empresa.

Em Portugal o programa já foi alvo de várias avaliações externas, como é o caso da que foi feita pela Universidade de Évora ou mais recentemente pela Escola Superior de Educação, do Instituto
Politécnico de Santarém.

"Os resultados das últimas avaliações permitem-nos afirmar que o grau de
concretização dos objetivos do Programa KidSmart é bastante positivo,
nomeadamente na promoção do desenvolvimento das crianças, particularmente
no que respeita a competências colaborativas, utilização de jogos
pedagógicos/criativos e níveis de concentração", aponta António Raposo de Lima.

Para a responsável, Portugal é claramente uma referência e exemplo para implementação do programa
KidSmart noutros países europeus, "pela sua experiência e impacto positivos
na forma como abrangeu, desde a primeira hora, zonas interiores de grande
ruralidade".

Os avanços alcançados durante este espaço de tempo são evidentes, mas nem por isso a IBM deixa de mostrar-se menos empenhada nos seus propósitos."É evidente que, desde 2003, muito mudou em Portugal e as novas tecnologias abrangem hoje todo o território, mas ainda muito há a fazer no sentido de apoiar as crianças e os educadores a explorarem e a tirarem maior proveito das novas
tecnologias ao longo da sua vida académica e profissional".




Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Patrícia Calé

Nota de redação: O texto foi alterado nas citações feitas.