De acordo com a Bloomberg, 2020 vai marcar um ano de viragem para a Apple. A empresa tem em curso um processo de substituição para os processadores Intel, que utiliza para equipar os seus portáteis, e dentro de dois anos será capaz de substituir todos estes componentes pelas suas próprias versões.

Recorde-se que a empresa não é propriamente uma novata neste ramo, uma vez que já produz processadores para os seus smartphones e smartwatches. Dentro de dois anos, os Macs vão juntar-se a este leque.

O processo de substituição, que é internamente conhecido como Kalamata, está ainda numa fase inicial, de acordo com as fontes citadas pela Bloomberg.

A troca faz sentido, especialmente para uma empresa que é conhecida por ter um ecossistema fechado de soluções tecnológicas, mas podem existir razões de segurança por detrás desta decisão. No início deste ano foram descobertas falhas de segurança graves em alguns dos chips fabricados pela Intel, sendo que um dos bugs identificado permite o acesso a várias zonas da memória do Kernel – a área do processador onde está a informação nuclear do sistema operativo usado pelo dispositivo em questão – que supostamente devia estar protegida.

Na prática, isto pode possibilitar o acesso de uma aplicação a todas as informações de outra, criando assim uma espécie de túnel virtual que pode ser explorado num ataque para roubar qualquer tipo de dados de um computador ou smartphone. Já foram disponibilizados patches que prometem resolver o problema.

Recorde-se que até 2006 a Apple utilizava processadores IBM e que foi nessa altura que a empresa decidiu fazer a transição para arquiteturas Intel, um passo que Steve Jobs anunciou para garantir que os Macs seriam os melhores computadores pessoais do Mundo.