![Mais de 60 países pedem IA ética na cimeira de Paris. EUA e Reino Unido não fazem parte da lista](/assets/img/blank.png)
Ao contrário dos Estados Unidos e do Reino Unido, a lista dos primeiros 61 signatários inclui a China, a França e a Índia, segundo a agência francesa AFP.
Os signatários apelaram para uma maior coordenação da governação da Inteligência Artificial, exigindo um “diálogo global”, e pediram que se evite a “concentração do mercado” para tornar a tecnologia mais acessível.
Citado pelo The Guardian, o porta-voz oficial do Primeiro Ministro do Reino Unido afirma que a França é um dos parceiros mais próximos do país no que respeita à IA. No entanto, o Governo britânico "só fará parte de iniciativas que estejam em linha com os interesses nacionais do Reino Unido".
Quando questionado se o Reino Unido não assinou a declaração porque os Estados Unidos não o fizeram, o porta-voz afirmou apenas o Governo britânico desconhece os motivos ou a posição norte-americana relativamente ao documento.
Ainda no âmbito da cimeira internacional destinada a encontrar um terreno comum sobre a governação global da IA, o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, alertou contra as parcerias no sector com "regimes autoritários" e contra uma "regulamentação excessiva" que "poderá matar uma indústria em expansão".
"Os Estados Unidos querem estabelecer parcerias com todos vocês, mas precisamos de regimes regulamentares internacionais que incentivem a criação de tecnologias de IA em vez de a sufocar", disse Vance a uma reunião de chefes de Estado e de tecnologia no Grand Palais.
J.D. Vance também apontou o dedo aos Estados que estabelecem parcerias com "regimes autoritários" que "nunca são benéficas a longo prazo", referindo-se às exportações "fortemente subsidiadas" da China da sua tecnologia 5G.
"Fazer parceria com eles significa acorrentar a sua nação a um mestre autoritário que procura infiltrar-se, instalar e assumir o controlo da sua infraestrutura de informação", alertou.
Recorde-se que a AI Action Summit, que decorre em Paris até hoje, quer servir de palco para os líderes mundiais discutirem estratégia para criar uma IA que seja mais ética, acessível a todos e de forma mais simples. A França ambiciona fazer um investimento histórico na tecnologia e o presidente Emmanuel Macron anunciou um investimento no país de 109 mil milhões de euros até 2031.
Durante a cimeira, presidente francês apelou aos europeus para que "entrem em ação" e recuperem o atraso em termos de inteligência artificial (IA), sugerindo uma estratégia "Notre-Dame", numa referência ao tempo recorde de reconstrução da catedral parisiense após um incêndio.
"Esta 'abordagem Notre Dame' será adotada para os centros de dados, as autorizações de comercialização, a IA e a atratividade", argumentou Macron frente a plateia de jornalistas e empresários do mundo tecnológico.
Já Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, reforçou o compromisso da Europa com a IA, anunciando o lançamento da iniciativa InvestAI, para mobilizar 200 mil milhões de euros em investimento para IA, que inclui um novo fundo europeu de 20 mil milhões de euros para as "gigafactories" de IA.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 13h58)
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Ecrãs transparentes e tecnologia de áudio 3D brilham em formatos cada vez maiores nos televisores da CES 2025 -
Site do dia
28 dez 2024 09:48 TimeMap oferece uma nova forma de olhar para a história do mundo -
App do dia
Lance os dados em Yahtzee With Buddies e participe em minijogos com amigos -
How to TEK
4 formas de captar imagem e vídeo do ecrã do computador Windows
Comentários