Em janeiro a Intel viu-se a “braços” com as vulnerabilidades Spectre e Meltdow que afetaram tanto processadores antigos desde a quarta geração, até aos mais recentes da sétima geração. Entre os problemas reportados, a reiniciação dos sistemas eram os mais comuns e levou alguns dias até o fabricante encontrar soluções, especialmente para a tecnologia mais antiga.

Meses depois, a Intel e a Microsoft anunciam a descoberta de uma nova variante, a quarta, das vulnerabilidades do Spectre e Meltdown que podem afetar milhares de milhões de computadores e dispositivos mobile, incluindo a tecnologia de outras marcas como a ARM e AMD. Segundo refere a Intel, esta nova versão explora as mesmas vulnerabilidades de segurança reportadas anteriormente, mas utiliza um método diferente para aceder às informações disponíveis nos processadores.

Este tipo de vulnerabilidades é uma dor de cabeça para os fabricantes, e obviamente as suas vítimas, pois uma vez descobertas pelos hackers, estes podem proceder a ataques, tais como ransomware, em que as máquinas afetadas são bloqueadas em troca de resgates e pagamentos. Exemplo disso foi ataque WannaCry que explorava falhas de segurança de versões antigas do Windows.

Desde a descoberta em janeiro, e respetivas correções, que a Intel continuou a trabalhar com os investigadores da indústria, antecipando que métodos semelhantes deste tipo de “exploits” seriam utilizados em outras áreas, dentro do seu previsível ciclo de vida, incluindo novas derivações do original, refere Leslie Culbertson, vice-presidente executiva, numa entrada no blog da Intel.

A empresa diminuiu o risco desta nova variação, mencionando que a maioria das vulnerabilidades utilizadas através dos browsers de internet foram corrigidas nas anteriores versões. E para a nova, foi já submetida uma atualização em microcódigo para os fabricantes de hardware e software, esperando-se a correção nas próximas semanas.