Com a intenção de contornar o pouco sucesso alcançado até agora com as versões anteriores, o novo Windows XP Media Center, que a Microsoft apresenta amanhã, integrará mais funcionalidades e melhorias técnicas ao nível da qualidade da imagem televisiva e da gravação vídeo.



Mas a fabricante não confiará apenas a estes dois itens a boa prestação no mercado do novo software, com o qual pretende transformar o PC no protagonista de todas as experiências de entretenimento doméstico. Segundo o noticiado pelo The New York Times, a procura pelo Windows XP Media Center poderá igualmente ser incentivada pelo maior número de dispositivos de hardware que o acompanharão a partir de amanhã.



Serão vários as fabricantes, como a Linksys e a Hewlett-Packard, a apresentar versões do Media Center Extender, um produto que a Microsoft havia mostrado em Janeiro último e que permite enviar sinais de televisão entre um computador Media Center e um aparelho televisivo que esteja em outra divisão da casa, através de uma rede wireless.



Igualmente significativa para a melhor prestação do conceito da Microsoft será a redução de preço prevista para os novos computadores Media Center que, de acordo com o jornal, se situará abaixo dos 1.000 dólares, aproximadamente metade do custo dos primeiros modelos.



Apesar do optimismo da Microsoft, o mercado parece não estar ainda convencido a ver televisão a partir do seu computador. Os números das vendas das versões anteriores do Media Center, introduzido em 2002, mostram uma evolução lenta, representando cerca de três por cento dos PCs vendidos.



Os valores não desagradam de todo à gigante do software, segundo indica Brad Brooks, director de marketing da Microsoft, em declarações ao The New York Times. "Estamos bastante satisfeitos por estarmos apenas há 22 meses no mercado e termos conseguido tal valor". O responsável prevê que durante os próximos anos as máquinas Media Center representem entre 10 a 20 por cento do mercado.



Dos projectos Microsoft para a área da televisão - onde se conta o desenvolvimento de software e de set-top-boxes - fez igualmente parte uma parceria com a TV Cabo, em Portugal, para a TV interactiva, que acabou por ser abandonada.



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